Nesta segunda-feira,18, durante entrevista coletiva, no Departamento de Homicídios e proteção à Pessoa ( DHPP), foram apresentados detalhes sobre os pedidos de prisão temporária da mãe e do padrasto das crianças encontradas mortas em um lago do bairro Santa Maria, zona Sul de Aracaju. As vítimas foram identificadas como Mikael Allan dos Santos e Sara Yasmin dos Santos Gomes.
Foram presos temporariamente por 30 dias a mãe das crianças, Juciara Soares dos Santos, 38 anos, e o atual companheiro de Juciara, o ex-presidiário Luciano de Oliveira, 35 anos. As prisões foram decretadas na última quinta-feira, 14, mas podem ser convertidas em preventiva em caso de necessidade. Eles são os principais suspeitos de matarem os próprios filhos.
De acordo com o delegado Mário Leony, o laudo cadavérico confirmou que as crianças morreram por politraumatismo e traumatismo de crânio encefálico causado por um objeto contundente e após estarem mortas foram jogadas no lago.
A Polícia Civil não descarta a participação de outras pessoas no duplo homicídio qualificado e trabalha agora para colher novos depoimentos para concluir o caso. O delegado enfatiza que no depoimento em que confessou o crime, a mãe dos garotos viu quando o marido levou os corpos para o lago e ouviu quando os filhos pediram socorro, mas ela não fez nada para impedir o assassinato.
“Temos diversas pessoas para ser ouvidas no decorrer do inquérito, perícia para ser feita para possamos concluir a investigação e responsabilizar quem realmente praticou o crime e trabalhar para a prisão temporária ser convertida em prisão preventiva”, concluiu o delegado.
A mãe das crianças conheceu Luciano no presídio, onde cumpria pena por roubo e tráfico de drogas e passaram a viver juntos há dois meses. Nesse período, os dois consumiam e vendiam drogas em várias partes da cidade e não queriam ter a obrigação de cuidar de duas crianças. “Os meninos passaram a ser um peso para o casal nas práticas ilícitas deles, eles traficavam drogas na região e queriam se livrar das crianças”, disse o delegado Mário Leony.
Conselho tutelar
O Conselho Tutelar possuía informações sobre as agressões físicas e psicológicas e até de ameaças que as crianças vinham recebendo. A mãe das vítimas recebeu uma advertência do conselho em razão das denúncias anônimas dos maus tratos que as crianças foram submetidas.
Com informações da SSP/SE
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