Destino do lixo em SE é debatido em evento

O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Genival Nunes, reafirmou que os aterros sanitários são soluções simples, imediatas e baratas ao problema do lixo em Sergipe. A declaração foi feita em discurso do secretário na abertura I Seminário Estadual de Resíduos Sólidos na manhã desta quinta-feira, 4.

A discussão acerca do destino do lixo gerado nas casas e empresas de Sergipe atravessa as décadas e Genival foi um dos pioneiros no debate. “O lixo me persegue durante toda a minha vida na militância ambiental, por isso esta questão vem tomando conta da minha cabeça desde que ingressei na vida pública, mas uma decisão dessas, apesar de exigir agilidade, também precisa de estudos”, fala.

Lixo também é saúde e educação pública, diz secretário

Secretário Genival Nunes
Nas reuniões com prefeitos do interior sergipano, Genival diz sempre receber respostas do tipo ‘preciso gastar com saúde e educação’, sendo que a gestão do lixo é, direta ou indiretamente, um investimento na educação e saúde pública, na ótica do secretário. “Por isso acredito que agruparmos municípios na tentativa de viabilizar aterros sanitários simplificados é a melhor saída no momento”, conta.

Como muito se fala em aterro sanitário, mas nada se vê de concreto, Genival Nunes disse que está se sentindo o ‘Odorico Paraguaçu dos aterros’, numa alusão ao personagem que construiu um cemitério, mas nunca conseguia inaugurá-lo, na novela O Bem Amado, exibida pela Rede Globo na década de 70.

Problemática vai muito além do que se discute

Kelma Vitorino foi uma das primeiras a falar sobre o assunto no evento
Para a professora Kelma Vitorino, do IFS, que foi uma das primeiras a falar sobre o assunto no seminário, a problemática vai muito além do que se discute. Lixo mal depositado e mal tratado significa poluição visual, do ar, do solo, da água, amplifica o problema das enchentes e desmoronamentos em grandes cidades, prolifera doenças e agrava alguns problemas sociais.

Enquanto muitos gestores públicos alegam que as saídas para melhorar a coleta e o tratamento dos resíduos sólidos são caras, a professora apresentou uma série de fatores que derrubam tal teoria. “Lixo depositado de forma inadequada implica em gastos com recuperação da área degradada, prejuízos com o fluxo turístico e desvalorização do local afetado, por exemplo”, cita Kelma.

Prefeitos e secretários de cidades sergipanas, além de interessados em assuntos, compareceram ao seminário, realizado no auditório da Codise. Legislação ambiental e Planos de Consórcios Públicos são outros assuntos que serão debatidos no evento.

Por Glauco Vinícius

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