“E ninguém faz nada….”, por Ícaro Teinassis

A gasolina aumentou? O dólar aumentou? Talvez tenha sido o salário mínimo? Quem sabe não foi preço do barril do petróleo? Não. Pelo que me lembro estou não saiu na mídia impressa ou escrita há pelo menos um mês. Sendo assim, por favor, ágüem me explique, de maneira convincente: Porquê a passagem de Ônibus aumentou? E pior, sem se que esperarem o fim do ano? Isso não é novidade, eu já deveria ter me acostumado. Afinal, já é prática corriqueira aumentar ao bel prazer a passagem, e o povo, reclama, reclama, mas não faz nada. Dá ultima vez a passagem que era 1,00 passou para 1,10 e logo em seguida passou para 1,20… Ninguém lembra. Na ocasião, cheguei a perguntar para uns amigos: me digam uma coisa, vocês são ricos ou apenas eu está sentindo no bolso estes aumentos? E mais uma vez, ninguém fez nada. Entretanto, desde o último aumento venho refletindo, tentando encontrar uma forma eficiente e absolutamente pacífica de protestar contra este absurdo. Minha gente, muita atenção! Convoco-lhe para fazermos um movimento singular, divulguem a parentes e amigos e espalhem na Internet: “Vamos pagar a passagem com no mínimo dois reais, cinco de preferência, e se houver nota de dez reais, melhor ainda!” – Vamos deixar os ônibus sem troco, dessa forma, de acordo com a lei, estes são obrigados a permitir o passageiro descer pela frente sem pagar nada. Gente, este protesto é eficiente, eu mesmo já fiz, e deu certo! Portanto, vamos nos unir! Vamos fazer com que Aracaju em peso acabe com o troco desses meios de transportes, que infelizmente são necessários ao transporte do trabalhador. Eu tenho fé que isto vai dá certo, se não der (mas vai dar!), pelo menos tentamos. Não tenham medo, se você tiver trinta ou cinqüenta centavos, deixe em casa ou gaste em outra coisa, mas não facilite o troco do cobrador, você não é obrigado a fazê-lo, entre nessa campanha, dê apenas, no mínimo, R$ 2,00. Lembre-se que o artigo no 05 da nossa constituição no inciso II nos assegura que “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei”. Não custa tentar. Vamos defender os nossos direitos, e aqui cabe lembrar o que é direito: “Prerrogativa, que alguém possui, de exigir de outrem a prática ou abstenção de certos atos, ou a respeito a situações que aproveitam. Em outras palavras é o que se pretende proteger”. Há muito agüentamos os abusos, nada justifica um reajuste de oito por cento, já que dois direitos básicos do consumidor não são respeitados por estas empresas; de acordo com o capítulo III do Código de Defesa do Consumidor, são eles: Art. 6º , X – a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. (Vocês acham que o transporte público é adequado e eficaz?) Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. Prestem muita atenção na última palavra: “Contínuo”, por acaso é o que acontece nos finais de semana, quando a frota é reduzida drasticamente? Acredito que não. Por isso mais uma vez reafirmo e convoco: não facilite o troco do cobrador, dê apenas, no mínimo dois reais, e digo mais, se puder pegue ônibus, ande a pé ou ande de bicicleta. Eu já iniciei o protesto, agora aguardo a adesão de vocês! *Ícaro Teinassis é escritor teinassis@infonet.com.br

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