Mais de 250 rodoviários que prestavam serviço para as empresas responsáveis pelo transporte público de Aracaju, Progresso e Modelo, foram desligados das suas funções. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Aracaju (Sinttra), Miguel Belarmino, o sindicato foi notificado oficialmente no dia de ontem, segunda-feira, 8.
“Fomos pegos de surpresa, pois achávamos que algo iria ser feito. Pelo jeito que as coisas estavam, parecia que iriam se resolver”, afirmou Belarmino.
De acordo com Belarmino, tanto a Progresso, quanto a Modelo já passavam por dificuldade há algum tempo. “Não é de agora que essas empresas vem lutando contra a falência. Elas não faliram ainda, mas estão praticamente falidas e nada tem sido feito por essas empresas. Nem o Governo, nem a Prefeitura de Aracaju tem dado subsídio a essas empresas, e agora os pais de famílias estão sem emprego, sem ter como colocar comida em sua mesa”, lamenta.
De acordo com o presidente do sindicato até sexta-feira, 12, uma Ação Civil Coletiva será protocolada para garantir que esses trabalhadores recebam as verbas rescisórias. “Todos os rodoviários que estão desempregados, devem comparecer ao Sindicato para assinar o termo de anuência para que a ação possa ser protocolada”, convoca o presidente do Sinttra.
No total, foram desligados das suas funções 172 funcionários da Progresso e 84 da Modelo.
Setransp
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp), afirmou que desde o início da pandemia, o setor tem movido esforços para evitar a redução de postos de trabalho e, por isso, vem remanejando funções e investindo em capacitações que geraram diversas promoções entre os rodoviários do transporte de Aracaju e da Região Metropolitana.
“Entretanto, as medidas provisórias do Governo Federal foram finalizadas sem restar nenhuma forma de se amenizar o desequilíbrio financeiro para garantir a manutenção geral dos postos, como também sem definir fontes extra tarifário para garantir a sustentabilidade do transporte na pandemia. A situação do setor se agravou ainda mais com o acréscimo de mais de 60% do preço do combustível só este ano, tem tornado inevitável a tomada de algumas medidas para assegurar a continuidade da prestação do serviço regular para a população”, afirmou o Sindicato.
A nota ainda afirma que as demissões foram necessárias para a continuidade dos serviços, bem como para a preservação da maioria dos postos de trabalho. E que o órgão continua acompanhando “as tratativas das empresas de ônibus junto com os seus funcionários e espera que ações de socorro ao sistema cheguem o mais rápido possível”, finaliza.
Governo de Sergipe
O Governo do Estado informou que não vai comentar as declarações do Sinttra. O Portal Infonet entrou em contato a com a PMA, mas até o fechamento desta matéria, não houve resposta.
Por Luana Maria e Verlane Estácio
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