Entregadores de aplicativo promovem nova paralisação em Sergipe

Os entregadores de aplicativo de Sergipe promoveram neste sábado, 25, uma nova paralisação para exigir melhores condições de trabalho. O protesto faz parte de um movimento nacional que luta pelo fim dos bloqueios indevidos, do aumento das taxas e do sistema de pontuação.

Na capital sergipana, os profissionais se concentraram em frente ao Shopping Jardins e depois seguiram em passeata, paralisando praticamente toda as corridas solicitadas no horário de almoço. O movimento foi denominado de 2º BrequeDosAPP.

“Não houve nenhum tipo de avanço com as empresas porque elas já entendem que fazem mais do que o suficiente. Como todos os empresários, essas empresas acham que pagam corretamente. Por isso, nós paramos novamente”, explica Henrique Dantas, representante estadual dos motoboys de aplicativo.

As negociações com as empresas não avançaram, mas segundo Henrique Dantas, a população passou a abraçar a causa dos entregadores de aplicativo. “A sociedade passou a enxergar os motoboys com outros olhos e agora está nos apoiando e abraçando a nossa causa”, comenta.

Ainda segundo Henrique Dantas, a categoria aguarda que parlamentares apoiem a causa. “Os nossos representantes nacionais se reuniram com o deputado Rodrigo Maia que prometeu projetos de lei em prol da nossa categoria”.

Os representantes dos motoboys participarão de uma reunião on-line com os representantes das empresas na próxima segunda-feira, 27. Caso não haja entendimento, novas paralisações podem acontecer.

Primeira paralisação

A primeira paralisação ocorreu no dia 1 de julho. Os entregadores usaram a Orla de Atalaia como ponto de encontro. A passeata saiu do bairro Atalaia em direção ao centro de Aracaju.

Empresas

As empresas associadas à Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (“Amobitec”) que informaram que atuam no setor de delivery implementaram, desde o início da pandemia, diversas ações de apoio aos entregadores parceiro, tais como a distribuição gratuita ou reembolso pela compra de materiais de higiene e limpeza, como máscara, álcool em gel e desinfetante, e a criação de fundos para o pagamento de auxílio financeiro para parceiros diagnosticados com COVID-19 ou em grupos de risco. Além disso, os entregadores parceiros cadastrados nas plataformas estão cobertos por seguro contra acidentes pessoais durante as entregas.

As empresas informaram também que as plataformas de delivery operam sistemas dinâmicos e flexíveis, que buscam equilibrar as necessidades de entregadores, de restaurantes e de usuários. As ações de combate à crise foram desenvolvidas mesmo em um cenário de acirramento da competição entre empresas e aumento expressivo no número de entregadores.

Ainda de acordo com as empresas, diante de um cenário econômico como o da pandemia da COVID-19, a flexibilidade dos aplicativos foi essencial para que centenas de milhares de pessoas, entre entregadores, restaurantes, comerciantes e microempresas, tivessem uma alternativa para gerar renda e apoiar o sustento de suas famílias.

As empresas afirmaram que não trabalham com esquema de pontuação para a distribuição de pedidos e deixaram claro que respeitam a liberdade de expressão, portanto a participação em atos e manifestações não resulta em punições ou bloqueios de qualquer natureza.

A Amobitec e suas empresas associadas que atuam no setor de delivery reafirmaram a abertura ao diálogo, sempre atentas à realidade dos diversos perfis de entregadores parceiros para aprimorar a experiência de todos nas plataformas.

Por Verlane Estácio

 

A matéria foi alterada às 17h46 para acréscimo de nota enviada pela Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia. 
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