Prossegue no Fórum desembargador Oscar Déda Chagas, em Nossa Senhora do Socorro, o julgamento de Adriana dos Santos e dos filhos Michael Antonio dos Santos e Wellinghton Robert dos Santos Alves. Eles são acusados pelo assassinato de Marcos Antonio dos Santos, que foi agredido com porretes, golpes de arma branca e teve o corpo enterrado em uma cisterna instalada nos fundos de uma casa na rua B4, no conjunto Piabeta, onde o casal e os filhos residiam, no município de Nossa Senhora do Socorro.
O crime aconteceu em 2015 e chocou a comunidade. Os três acusados respondem por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, crimes contra o sentimento religioso e contra o respeito aos mortos. A barbárie teria sido motivada pela divisão dos bens pertencentes à vítima, conforme as investigações policiais.
Após a prisão dos acusados, os moradores invadiram a casa e depredaram o imóvel. À época, Adriana dos Santos era companheira, Michael Antonio era filho legítimo e Wellinghton, enteado da vítima. Além deles, há também uma adolescente de 13 anos, idade da época, também enteada da vítima, que teria tido participação no crime, conforme a investigação policial. O julgamento dos três acusados [por ser adolescente, a menina não figura como ré no processo] foi iniciado na quinta-feira, 12, e ainda não foi concluído.
Os dois filhos de Adriana estão presos e ela recebeu o direito de responder ao crime em liberdade. Na manhã desta sexta-feira, 13, exatamente às 8h24, Adriana dos Santos se apresentou ao juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Nossa Senhora do Socorro, cumprindo as medidas cautelares impostas pelo Judiciário, que estabelece o comparecimento dela também no dia 15 de janeiro do próximo ano naquele Fórum. E, posteriormente, ela seguiu para a sala do júri onde ocorre a sessão de julgamento.
Na manhã da quinta-feira, 12, primeiro dia de julgamento, o juiz Sérgio Fortuna de Mendonça expediu dois mandados de condução coercitiva contra duas pessoas que, embora obrigadas, não estavam presentes. Um dos mandados foi endereçado a um cidadão que não figura no rol dos réus, mas está relacionado como parte do processo, e o outro mandado de condução coercitiva endereçado a uma testemunha.
O crime
No primeiro momento, o caso foi tratado pela polícia sergipana como caso de desaparecimento de vítima. A própria companheira dele, Adriana dos Santos, prestou boletim de ocorrência e à época chegou a cogitar que Marcos Antonio teria sido visto andando no município. Posteriormente, diante das contradições observadas pela equipe da 4ª Divisão do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime foi desvendado.
O corpo foi localizado dentro de uma cisterna, em uma região com aproximadamente dois metros de profundidade e foi retirado depois de 7 horas de escavação, que contou com apoio do Corpo de Bombeiros. Os autores do crime jogaram o corpo na cisterna e o soterraram com pedras.
A sessão de julgamento foi interrompida para um intervalo destinado ao almoço e reiniciado nesta tarde, sem previsão de encerramento.
por Cassia Santana
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