Os estudantes da Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão fizeram ontem, 18, uma paralisação a fim de reivindicar melhorias e uma gestão mais participativa. Segundo Antonino Carvalho, presidente do Grêmio Escolar Livre 4 de Maio, os técnicos administrativos também aderiram à manifestação. “Nossas pautas são um consenso entre toda a comunidade escolar”, afirma Antonino. Dentre as reivindicações estão a melhoria da infra-estrutura dos alojamentos, reabertura da lavanderia, atualização da biblioteca, melhoria da alimentação, reabertura do consultório odontológico, reforço na vigilância e a revitalização dos setores produtivos da escola. Durante todo o dia, as aulas foram substituídas por palestras e debates sobre assuntos como os sistemas de produção, movimentos sociais e educação e transposição do rio São Francisco. A intenção dos estudantes é que as unidades produtivas voltem a plantar os alimentos para a subsistência da escola. Outra reivindicação dos alunos é que a Agrotécnica promova um convênio com o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) que, desde 2005, tem um acampamento ao lado do terreno ao lado. A parte do terreno que seria destinada ao cultivo teria a mão-de-obra dos trabalhadores acampados e a técnica dos estudantes. O diretor-geral da Escola admite que essas são reivindicações justas, mas que para executá-las é necessário ainda aportes financeiros. O problema da estrutura dos dormitórios estaria sendo resolvida com a construção de novas casas para acomodar os estudantes em regime de internato.
Comentários