Famílias da Boca do Jacaré não serão despejadas

Edvaldo Nogueira é puxado para as comemorações
“Vitória, vitória, gritavam algumas mulheres entre choros, pulos, sorrisos e abraços na porta do Centro Administrativo Aloísio Campos, na tarde desta quinta-feira, 15, após reunião com o prefeito Edvaldo Nogueira. Quem passava não entendia o que estava acontecendo até saber que se tratava de moradoras da Invasão 21 de Abril, conhecida como Boca do Jacaré, localizada no bairro 18 do Forte. O motivo da alegria foi o decreto do prefeito deliberando a área em que moram mais de 220 famílias, de utilidade pública.

Em meio à euforia das mulheres, Edvaldo Nogueira explicou que com a decisão, conseguiu segurar a ação de despejo que tramita na Justiça. “Agora a prefeitura vai entrar com uma ação de desapropriação, passando a negociar o valor da área com o dono do terreno”,

Simone Vieira: “Valeu a luta”
ressalta o prefeito de Aracaju acrescentando que na audiência marcada para a próxima segunda-feira, 19 no Fórum Gumersindo Bessa, a Prefeitura de Aracaju será envolvida no processo.

A presidente da Associação de Moradores, Maria Simone Vieira dos Santos, afirmou que “valeu a luta. O pessoal está saindo satisfeito daqui da prefeitura e nós não podemos deixar de agradecer também aos promotores Deijaniro Jonas e Renê Erba  que nos ajudaram muito e nos orientaram. Agora nós estamos mais tranqüilos”, ressalta Simone Vieira enfatizando que a comissão de mulheres da Boca do Jacaré começa agora a distribuir sopão às vítimas das chuvas no bairro Santa Maria.

Relembre

São 226 famílias que residem em uma área formada por quatro quarteirões localizados atrás do Quartel do Vigésimo Oitavo Batalhão de Caçadores, há mais de 15 anos. Essas famílias receberam ordem de despejo e começaram a lutar para não deixar o terreno de propriedade do Sr. Alípio José Viana Filho. O problema foi parar no Ministério Público Estadual e no entendimento do promotor Renê Erba, o proprietário “está no direito de reaver o que lhe pertence. E será menos custoso ao município que proceda a desapropriação da área e mantenha as famílias em suas residências, do que construir outras casas para elas”.

Por Aldaci de Souza

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