As mais de 1.500 famílias do Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (Motu) têm 72 horas para deixarem a área que ocupam em Nossa Senhora do Socorro, conforme liminar expedida na tarde dessa quarta-feira, 12, atendendo ao pedido de reintegração de posse feito pela Companhia Estadual de Obras e Habitação (Cehop), através da Secretaria de estado da Infraestrutura (Seinfra). 
Movimento já recebeu mais de 1.500 famílias em busca de moradia (Fotos: Arquivo Infonet)
O diretor estadual do Motu, Marcos Simões, confirmou na manhã desta quinta-feira, 13, ter recebido a notificação e diz que as famílias não pretendem resistir, mas que os advogados do movimento já foram acionados para tentar reverter a decisão judicial. “Enquanto isso estamos aguardando uma posição do Governo do Estado para negociação. Queremos um projeto imediato de habitação para essas famílias, mesmo que não seja nessa área. Essas pessoas não têm para aonde ir”, protesta.
Simões completa dizendo que o movimento não aceitará que essas famílias sejam alojadas em galpões mesmo se o cadastro para programas de habitação for feito. “Não concordamos mais com essa medida. Mas todas essas pessoas podem ser encaminhadas para uma área onde fiquem à vontade. Do contrário vai ser sempre ocupação, despejo, ocupação e despejo”, afirma. 
Marcos Simões diz que aguarda negociação com o Governo do Estado
O secretário de Articulação Política Chico Buchinho (PT) esteve no acampamento ainda na manhã de quarta para ouvir as reivindicações dos integrantes do Motu. Ele não confirmou se haverá alguma proposta para as famílias. “Vamos fazer cumprir a liminar de reintegração de posse. Aquela área já possui destinação, inclusive para projetos de habitação da Secretaria de Estado da Administração e para a construção de uma praça pela Prefeitura de Socorro”, alega.
Por Diógenes de Souza
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