Fotos na praia: advogado vê exagero na criminalização do caso

Pessoas envolvidas na foto têm sido ouvidas pela Polícia (Foto: redes sociais)

A delegada Rosana Freitas, da Delegacia de Crimes Cibernéticos, ouviu nesta sexta-feira o depoimento de mais uma das pessoas envolvidas nas fotos retiradas na praia da Atalaia, em trecho com placa de interdição da Adema, na semana passada. Os depoimentos são parte da investigação preliminar da Polícia Civil para saber se o grupo de pessoas cometeu ou não crime de desobediência, com incentivo da quebra do isolamento social, já que as fotos foram postadas com frases que indicavam esse teor.

De acordo com o advogado Yuri Melo, que tem acompanhado três dos envolvidos nas fotos, o momento é de esperar a manifestação da delegada em relação a investigação para depois definir o direcionamento da defesa. No entanto, ele acredita que a repercussão social do caso está bem maior que o fato em si, e vê uma possível criminalização do caso como exagerada. “É o tipo de caso em que um procedimento administrativo, com estabelecimento de multa, dispersão e até retirada das pessoas daquele local se enquadraria melhor, e não criminal, que é só no último caso”, avalia o advogado.

Yuri informou ainda que as seis pessoas não haviam combinado de irem juntas à praia, assim como não sabiam que a interdição da praia era em razão da pandemia. “As placas de interdição são da Adema e não sinalizam o motivo daquela interdição. Eles acreditavam que a água estava imprópria para banho, como ocorre nas praias de Aracaju, e por isso a placa de interdição. Não houve zombaria com o decreto. Sem contar que havia fiscais, polícia e bombeiros no local, e ninguém alertou ou pediu a retirada deles”, afirma o advogado, acrescentando que os casais mantiveram distância uns dos outros.

Com a repercussão do caso, o advogado disse que alguns dos seus clientes tiveram que desativar as contas em redes sociais. Ele afirma que vai aguardar a conclusão do procedimento instalado da delegacia e entende que o caso é passível de uma sanção administrativa, e não de criminalização.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/SE) informou que a delegada não vai se pronunciar sobre o caso até o fim das investigações.

Por Ícaro Novaes

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