Acompanhando os trabalhadores, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos de Sergipe (Sintrasa), Valdir Rodrigues, conta que a situação irregular de algumas pessoas que trabalham no CEAC pode levar a um pedido judicial para que o centro feche as portas. “O CEAC está funcionando com funcionários cedidos, mas que não poderiam ser cedidos”, fala. A reivindicação salarial também não foi esquecida pelos trabalhadores. Eles, que recebem salário líquido de R$ 320 para uma jornada de seis horas diárias, enviaram uma proposta à Secretaria de Estado da Administração (SEAD) há seis meses, mas até agora sequer receberam um posicionamento do órgão. Em um ano, mais de 100 convocados, do total de 400, já abandonaram o serviço.
Em um protesto solidário e irônico, dezenas de funcionários concursados que trabalham no Centro de Atendimento ao Cidadão (CEAC) e outros órgãos (Detran e IPES, por exemplo) foram ao Centro de Homoterapia de Sergipe (Hemose) fazer doação de sangue. “A atitude é para simbolizar que damos o sangue pelo Estado”, diz Glauber Santana, um desses prestadores de serviço.
Na tarde de terça, 3, a categoria se reúne com o advogado Henri Clay Andrade, presidente da OAB/SE, para conversar sobre a intenção do pedido. “Já que eles [o secretário Jorge Alberto e o governador Marcelo Déda] atropelaram a lei, nós vamos usar a própria lei para reverter todo o processo”, promete Valdir.
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