Os serviços prestados pelos Correios podem sofrer alterações novamente nas próximas semanas caso a categoria decida cruzar os braços. Os funcionários da empresa afirmam que houve quebra do acordo coletivo e ameaçam entrar em greve a partir do próximo dia 18. Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect/SE), a adesão em Sergipe dependerá do julgamento que está marcado com o Supremo Tribunal Federal (STF) para o próximo dia 14.
De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect/SE) e secretário de Cultura da Central Única dos Trabalhadores (Cut/SE), Jean Marcel, o último acordo possuía vigência de 2 anos e foi reduzido para o período de 12 meses. “Pelo entendimento da empresa, estamos sem acordo coletivo desde o dia 31 de julho. Estamos expostos e não aceitamos que a empresa tire os nossos direitos no momento que estamos vivendo”, ressalta.
O sindicalista ressalta que a motivação da greve não está relacionada a nenhum tipo de aumento salarial e sim à manutenção do acordo coletivo. “Não é justo que no momento em que pagamos com a vida para manter a empresa de pé, ela queira tirar nossos direitos. A classe não tinha interesse em entrar numa greve neste momento, mas é necessário”, contesta.
Correios
A empresa afirma que, desde o início de julho, tem negociado com as entidades representativas dos empregados os termos do Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021e que foi apresentada uma proposta que visa adequar os benefícios dos empregados à realidade do país e da estatal.
Uma das justificativas das alterações, como divulgado em nota, é a realidade financeira da empresa diante de um cenário de dificuldades que tem se agravado a cada ano. Segundo os Correios, eles precisam se adequar não só ao que o mercado está praticando, mas, também, ao que está previsto na legislação.
“Para entender o intuito da empresa ao apresentar a proposta em questão, pode-se analisar a recomendação de ajuste referente ao ticket refeição: nos termos vigentes, sua concessão extrapola a jornada laboral, alcançando o recesso semanal e as férias dos empregados. O que a empresa propõe é a redução do benefício de forma a contemplar apenas os dias efetivamente trabalhados. A proposição mencionada, caso prospere, representará para a empresa uma economia da ordem de R$20 milhões mensais”.
A empresa diz ainda que a proposta formulada e apresentada aos funcionários atende às diretrizes do Governo Federal no sentido de primar pela redução dos efeitos negativos da crise. Considerando o contexto econômico atual e as projeções futuras em razão da pandemia, os Correios afirmam que têm buscado tratar junto às entidades representativas um acordo que assegure a manutenção dos empregos.
Em relação ao corte de direitos, a empresa diz que, ao contrário do que é afirmado por seus funcionários, objetiva ajustar o rol de benefícios concedidos à categoria em anos anteriores. Dessa forma, por tratar-se de concessões negociadas, a repactuação ou exclusão destas não configura perda de prerrogativas legais. Os Correios ressaltam que, em caso de greve já possui um plano de contingência formulado para garantir a continuidade de suas atividades.
por Juliana Melo e Verlane Estácio
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