Uma mulher foi presa após causar prejuízo de R$ 500 mil em uma empresa sergipana do ramo alimentício. De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), ela trabalhava como gerente do setor de crédito e cobrança de uma empresa do ramo alimentício. A ação policial foi divulgada nesta sexta-feira, 8.
A investigação foi conduzida pela Delegacia de Defraudações e Combate à Pirataria (DDCP), vinculada ao Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), que cumpriu o mandado de prisão contra a investigada.
Segundo a delegada Suirá Paim, as investigações começaram após o registro do boletim de ocorrência que comunicava a prática continuada de furto qualificado. “No fim de junho, nós recebemos os representantes de uma empresa do ramo alimentício que denunciaram um desvio de mais de meio milhão. De lá para cá, instauramos o inquérito policial e começamos as investigações”, iniciou.
Ainda de acordo com a delegada, a investigada era responsável pelas finanças da empresa. “Principalmente naquilo que diz respeito aos pagamentos dos clientes que eram efetuados à vista e em espécie, sendo responsável também por realizar o pagamento dos boletos para que fossem liberadas novas compras desses clientes junto à empresa. A empresa apontou inconsistências no sistema”, explicou Paim.
A apuração identificou que a investigada ficou em posse dos valores pagos à vista, cadastrando os clientes como inadimplentes. “Aprofundando as investigações, foi verificado que, ao receber os valores em espécie, a investigada retirava uma parte. A partir daí ela utilizava diversos tipos de fraudes para acobertar o desvio e a prestação de contas que estava atrasada”, acrescentou Suirá.
No decorrer da apuração interna da empresa, quando o dono da empresa tomou ciência dos fatos, ela saiu do local da empresa e não mais retornou. As investigações tiveram seguimento, e foi emitida a decisão judicial de prisão da investigada. “Tivemos fundamento para solicitar a prisão preventiva, que foi decretada pela Justiça”, acrescentou.
A investigada trabalhava na empresa desde 2010. “Mas como a estratégia utilizada por ela era muito bem feita, apenas em julho deste ano foi que o fato veio à tona. Foram identificados mais de 1,5 mil boletos em abertos e, por isso, nós identificamos o ato da investigada. Apesar de ela não ter antecedentes criminais, se evadiu do distrito de culpa e por isso pedimos sua prisão”, pontuou a delegada.
por João Paulo Schneider
Com informações da SSP
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