A manifestação anual unificada dos movimentos sociais, o ‘Grito dos Excluídos’, está acontecendo esta manhã, 6, na praça General Valadão. O evento reúne a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a igreja católica, por meio da Cúria Metropolitana, e outras frentes sociais para chamar a atenção das autoridades públicas. Esse ano, o evento também agrega o plebiscito popular que propõe cinco pontos de discussão, entre eles a reestatização da Companhia Vale do Rio Doce. 
Concentração do Grito dos Excluídos na Praça General Valadão
Estão previstas para o dia de hoje, os discursos dos representantes da entidades envolvidas no evento para explanar sobre os cinco pontos do plebiscito: reestatização da Companhia Vale do Rio Doce, o pagamento dos juros da dívida externa e interna, a privatização das companhias de energia, a reforma da Previdência e a transposição do rio São Francisco. Em um outro momento, a fala será concedida aos movimentos populares, como dos desempregados, sem terra, sem teto, e um membro do Conselho de Saúde e da Educação.
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“Na verdade se nós não nos unirmos não conseguiremos resultados. As autoridades têm que respeitar mais o povo”, afirma um dos líderes do MST, Carlos de Jesus Souza. O movimento levou para a praça membros dos assentamentos Caio Prado Júnior, Olga Benário e Hugo Herede.
O secretário de comunicação do Sindicato dos Bancários, Everton Castro, diz que o ‘Grito’ é a forma de protesto encontrada para chamar a atenção das autoridades que deixam à mercê parte da população. “Todo ano nos juntamos nesse ato e incentivamos a participação popular”, explica.
Para Antônio Góis, presidente da CUT-SE, as entidades organizadoras do movimento têm conseguido atingir seus objetivos. “O que falta é a compreensão dos governantes. Quando nós combinamos o grito com o plebiscito questionamos também essa forma de representação, onde os políticos só se remetem à população durante o período eleitoral”, diz Góis. 
Antônio Góis, presidente da CUT-SE
Veja Antônio Góis falando sobre o ‘Grito dos Excluídos’
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