Igreja defende a unicidade do ser humano – Pe. Anderson Pina

Quando a Igreja se pronuncia contra o uso de contraceptivos nas relações sexuais, esta procura justamente com base numa antropologia integral defeder a unicidade do ser humano, a totalidade de seu ser e  o uso correto do exercício da sexualidade.  Todo ato sexual é realizado com uma pessoa, não com uma parte desta, logo não podemos instrumentalizar a relação. Influenciada pelo relativismo, pelo hedonismo e pelo utilitarismo, a sociedade atual busca cada vez mais  mecanismos que possam dar uma certa segurança e garantir a realização de todos os seus desejos hedonistas. Um destes mecanismos, que cada vez mais se destaca nesta procura constante de satisfação da própria sexualidade e muitas vezes da genitalidade, baseados numa da liberdade sem limites, são os preservativos.

O problema da camisinha não é o único, mas é seguramente um dos principais que favoreceu a busca desequilibrada pela liberdade sexual. Tantas vezes seu uso é recomendado vivamente pelas autoridades públicas, estimulado por uma parte da classe científica e da mídia. Busca-se a utilização dos meios contraceptivos com a desculpa de diminuir o número de aborto. Se afirma frequentemente que a contracepção é o remédio mais eficaz contra o aborto e acusa a Igreja Católica de favorecer de fato o aborto porque continua obstinadamente a ensinar a imoralidade da contracepção.

Logicamnete a imoralidade dos preservativos, não consiste somente na instrumentalização do ato sexual, mas existem outras implicações, que ao meu ver são muito mais acentuadas, como a de não gerar na juventude uma consciência de paternidade responsável que favoreça a fidelidade conjugal. A poucos meses conversei com um pai de família que ao encontrar camisinhas na bolsa da escola do filho de apenas 13 anos perguntou-lhe “onde voçe conseguiu isto”? E ele respondeu  “peguei na secretaria da escola”. A questão é, este pré-adolescente esta pronto  para assumir as consequências de uma gravidez indesejada caso o preservativo não seja usado corretamente?, pois já se sabe que não é 100% seguro e que existe uma falha na faixa de 5% a 15%, inclusive com casos constatados de gravidez e contaminação com o vírus da Aids. Uma outra implicação moral que se pode apontar seria o favorecimento ao adultério, pois assim a amante não ficaria gravida e logicamente não comprometeria o casamento. São justamente estas implicações que  Paulo VI, em 25 de julho 1968, com base na Sagrada Escritura e na Tradição milenar da Igreja, alertava seus fiéis e a sociedade, quando publicou a encíclica Humanae Vitae (n.12-14), sobre o caráter indissolúvel do matrimonio e  do duplo significado (unitivo-procriativo) do ato conjugal, como também a condenação dos contraceptivos.

Autor: Pe. Anderson Pina é Biólogo e Mestre em Bioética

Confira abaixo a opinião do Dr. Almir Santana:

A camisinha é o único método de dupla proteção

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