Interno da Usip é diagnosticado com meningite

Adolescente foi levado ao Huse para tratamento (Foto: Arquivo Infonet)

Um adolescente, interno da Unidade Socioeducativa de Internação Provisória (Usip), foi diagnosticado com quadro de meningite. Ele foi encaminhado ao Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e recebe tratamento. Ainda não se sabe se é do tipo viral ou bacteriano, mas ambos são transmitidos pelo ar.

Os sintomas começaram a aparecer durante o último fim de semana. O garoto apresentou quadro de vômitos e desmaios, e durante uma consulta no hospital, foi diagnosticado com a doença.

A assessoria de Comunicação do Huse informou que o paciente já está em tratamento, que dura de 7 a 10 dias, e que irá sair da área de isolamento, por não oferecer mais risco de contaminação.

O diretor do Sindicato dos Assistentes Sociais, Anselmo Meneses, teme que haja um surto da doença. “É um caso bastante preocupante. As dependências são insalubres, e há um contato grande com outros meninos, por causa da superlotação”, falou.

Atualmente, a Usip interna 87 adolescentes, mas tem capacidade para apenas 50. A vigilância sanitária já realizou medidas para imunizar e higienizar o local. Os procedimentos de profilaxia, para prevenir a disseminação de doenças, também foram feitos.

Reclamações

O presidente do Sindicato dos Assistentes Sociais de Sergipe, Adelmo Meneses, aproveitou a situação para denunciar uma série de supostas irregularidades que comprometem o trabalho e saúde dos funcionários. “Existe apenas um médico, que vai uma vez por semana à unidade; o servidor que limpou o vômito do jovem que apresentou meningite estava sem luvas e máscara; e há casos de adolescentes com doenças venéreas e sarna, que não são tratadas adequadamente”.

Fundação Renascer

A assessoria de Comunicação da Fundação Renascer, responsável pela Usip e demais unidades de medidas socioeducativas, confirmou a procedência do fato, mas negou que exista a possibilidade de surto. “De forma imediata, foi encaminhado ao Huse, para a ala vermelha, e a doença retrocedeu. A unidade foi higienizada, e os agentes e adolescentes, medicados. Nada capaz de gerar pânico” defendeu.

Sobre as acusações de ter apenas um médico para realizar atendimentos, afirmou que os centros dispõem de posto de saúde, que atende casos básicos. “Quando aparece um caso mais preocupante, são levados para unidades de maior porte, como o Huse ou o Hospital de Cirurgia”.

Em relação ao funcionário que, supostamente, não utilizou os equipamentos de proteção individual para fazer a limpeza do vômito do jovem, a assessoria defendeu-se dizendo que as unidades possuem luvas, capacetes e máscaras, e que se ele não quis utilizar, foi por descuido. Completou garantindo, ainda, que todos os adolescentes são tratados por equipes de profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, técnicos e psicólogos.

Por Victor Siqueira 

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