Parte dos produtos apreendidos pela Polícia Civil (Foto: Arquivo SSP/SE) |
Mais alvarás de soltura foram expedidos no início da tarde desta sexta-feira, 6, que beneficiam outros dois jovens acusados por tráfico de drogas presos pela Polícia Civil em decorrência da Operação Jardim do Éden, que culminou com a desarticulação de um suposto grupo envolvido com o tráfico de drogas sintéticas e anabolizantes em Sergipe. Com a medida, foram colocados em liberdade nesta tarde, os acusados Edilberto Alves de Menezes, 24, e Lucca Shunk Lins Moura.
Com estes dois, salta para quatro o número de jovens colocados em liberdade por determinação judicial, que foram presos pela Polícia Civil em decorrência da Operação Jardim do Éden. Lucca Shunk foi libertado em habeas corpus impetrado junto ao Tribunal de Justiça, com decisão da desembargadora Maria Angélica França e Souza, e Edilberto Alves de Menezes, 24, foi solto por decisão da juíza Lidiane Andrade, da 4ª Vara Criminal, que está se em dúvida se as substâncias encontradas com ele seriam para consumo próprio ou para comercialização.
Também já estão em liberdade, o DJ Pedro Cerqueira Maynard Wendell, 25, José Freire de Oliveira Neto, 21, e José Alberto Araújo Filho, 20, também beneficiados por habeas corpus concedidos pela desembargadora Angélica França. A concessão do pedido pela liberdade provisória dos acusados são fundamentadas de formas semelhantes, prevalecendo a tese da primariedade, residência fixa e estudantes matriculados em instituições de ensino superior.
Consumo
A defesa de Lucca Shunk, alvo de mandado de busca e apreensão e flagrado por possuir drogas sintéticas em casa, alega que a quantidade dos produtos apreendidos pela polícia na residência dele seria para consumo próprio e fundamentou o pedido pela liberdade provisória em habeas corpus com as teses arguidas pela defesa do DJ Pedro Cerqueira Maynard Wendell, entendendo que os mesmos princípios deveriam ser considerados haja vista que ambos estariam respondendo pelas mesmas acusações e no mesmo processo.
Com Edilberto Menezes, o Betão, os policiais encontraram uma certa quantidade de anabolizantes, restando dúvida no processo se o produto seria efetivamente destinado à comercialização ou para o consumo próprio. Na decisão, a juíza Lidiane Andrade, considera esta questão e decide mantê-lo livre. “Em resumo, há dúvidas quanto a finalidade dos anabolizantes encontrados, sendo necessário maior aprofundamento dos fatos, o que somente ocorrerá com a instrução [processual]”, destaca a magistrada, em trecho da decisão, ao revogar a prisão preventiva do acusado no início da tarde desta sexta-feira, 6.
Apesar de livres, todos os acusados continuam respondendo a processos judiciais. A maioria por tráfico de drogas ou associação com o tráfico. Contra Edilberto Menezes, pesa a acusação por crimes contra a incolumidade pública, falsificação, corrupção, adulteração e alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. No entendimento da juíza, ele contribuiu com a investigação ao confessar a propriedade dos produtos apreendidos pela polícia e declarar-se usuário de anabolizantes.
Por Cassia Santana
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