Jovem é assassinado em São Cristovão

Sangue na pista, onde o jovem foi assassinado (Fotos: Cássia Santana / Portal Infonet)

O jovem Rômulo Santos Borges, 21, foi assassinado a tiros na noite desta quarta-feira, dia 29, no Conjunto Luiz Alves II, no município de São Cristovão. O crime aconteceu na Travessa H, a poucos metros de distância da residência onde ele morou, por um período, com os tios.

De acordo com o primeiro levantamento da Polícia Militar, Rômulo teria sido atingido, pelo menos, por três tiros, supostamente, de uma pistola 765, disparados por dois homens que ocuparam um Gol de cor Prata. De acordo com os vizinhos, os pais dele faleceram, mas deixou uma boa herança, que inclui bens imóveis, e também uma pensão em torno de R$ 3 mil mensais.

No entanto, ao completar 21 anos, no início deste ano, ele perdeu o benefício, conforme previsto na legislação brasileira. “Ele não queria nada: não queria estudar, nem trabalhar. Vivia por aí”, conta o vigilante José Carlos Santos, tio da vítima. “Eu dava muitos conselhos, mas ele não me ouvia”, comentou.

Agentes do DHPP chegam à casa onde vítima morou com os tios

As informações na vizinhança é que Rômulo era um garoto amável, que distribuía o dinheiro da pensão com muita gente da comunidade, mas também gastava muito, consumindo drogas. “Era tudo: cocaína, crack…”, confessa o tio. A porta da casa onde ele morava com o tio teria sido arrombada várias vezes por iniciativa do próprio Rômulo. “Ele era muito violento, arrombou a porta várias vezes para roubar roupa e comida e foi por causa da droga que não deu certo ele morar mais comigo”, narra o tio.

Os motivos do crime dividem a opinião dos moradores do bairro. As pessoas preferem o anonimato, mas dizem que o bairro se transformou em ponto de marginalidade, com muitos jovens envolvidos no comércio e consumo de drogas. “Aqui já foi bom de morar, mas agora está fechado, com esta coisa da droga”, comenta uma moradora.

Mas há também quem acredite que o crime tenha sido motivado pela herança que Rômulo teria herdado dos pais. Há poucos dias, Rômulo teria comentado com uma vizinha que estava se sentindo ameaçado. “Tem gente querendo me matar, mas eu não quero morrer agora. Quero viver mais”, teria dito Rômulo a uma vizinha, que prefere o anonimato.

Na manhã desta quinta-feira, 30, agentes do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) da Secretaria de Estado da Segurança Pública, iniciaram as investigações e já intimaram o tio da vítima para prestar o primeiro depoimento. O tio garante que nada sabe e que não apresenta suspeitos.

Por Cássia Santana

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