Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira, 19, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) detalhou as investigações sobre o desaparecimento da jovem baiana Joana Gabriela Coutinho, 21 anos, na serra da Miaba, em São Domingos. Segundo a SSP, a estudante de Engenheira Florestal foi drogada por um rapaz, que havia conhecido numa rede social, e mais outras três pessoas que já estavam acampando no local.
“Ela conheceu o suspeito numa rede social 15 dias antes de subir a Serra da Miaba. Os dois chegaram, inclusive, a realizar dois passeios de bike na capital”, informa o delegado responsável pelas investigações, Wilkson Vasco. Ainda segundo ele, quando foi no dia 28 de setembro eles marcaram de fazer uma trilha na Serra da Miaba, mas só começaram a subir a serra no dia seguinte após chegarem ao local.
“A partir do dia 29 de setembro eles passam numa mercearia (que também funciona como um bar), compram algumas bebidas, inclusive uma feita a base de cogumelo com efeito alucinógeno, e continuaram a subida pela serra”, explica o delegado. Após um período de caminhada, o investigador diz que a jovem relatou ter se sentido desorientada e alucinada. “Chegam a serra 1h30 depois, acampam no local e encontram mais três amigos do suspeito, sendo dois argentinos e um piauiense. Após o jantar, a jovem relata que ouviu um dos amigos do suspeito dizer que ela estava sob o efeito do “doce”, que nesse caso é o termo usado para se referir ao LSD, uma droga alucinógena”, aponta o delegado Vasco.
Ao ter consciência disso, o delegado diz que a jovem relatou ter sido drogada involuntariamente. “Joana descreve que pelas sensações que sentia foi drogada sem perceber. Inclusive o suspeito, segundo a jovem, havia oferecido a droga durante a trilha, mas ela não aceitou. Então a jovem crê que foi drogada involuntariamente através da água que bebeu ou até mesmo da comida. O que é bastante possível, já que no meio policial há casos de pessoas que conseguem drogar outras usando o LSD em água”, relata o delegado.
Já no dia seguinte de manhã, o delegado diz que jovem passa a evitar beber e comer o que lhe oferecem e diz que queria ir embora. “Ela começa a desarmar a barraca e convida o suspeito para ir embora. Mas ele reluta e faz um sinal para os argentinos, que começam a fazer ameaças e intimidações para que ela não deixe o local”, detalha o delegado.
Ainda segundo o delegado, com medo do que poderia acontecer, a jovem elabora um plano de fuga. “Ela passar a ir na direção contrária onde estava o acampamento dos argentinos e vai andamento com rapidez, ficando o suspeito que conheceu numa rede social sempre atrás dela. Inesperadamente, ela tem um ‘apagão’ e acorda numa região da Serra bastante íngreme”, afirma Vasco. Ao ser resgatada no domingo, depois de dias desaparecida, o delegado afirma que ela estava com um ferimento na cabeça, bastante desidratada e desorientada.
No tocante à investigação, o delegado afirma que atualmente seis pessoas estão presas. Segundo o delegado, quatro deles foram indiciados pelos crimes de sequestro, tentativa de homicídio (já que a jovem foi encontrada com um ferimento na cabeça), estupro (a jovem foi encontrada com manchas de sangue em sua região genital) e tráfico de drogas. Outro envolvido, foi detido pela venda de bebida alucinógena, também caracterizada como tráfico de drogas. O último foi preso por tráfico de drogas (durante a reconstituição do caso).
por João Paulo Schneider
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