
Os quatro réus acusados de matar o farmacêutico John Michel Brito de Almeida foram condenados nesta quinta-feira, 7, após júri popular realizado no fórum do município de Nossa Senhora da Glória, no sertão sergipano.
Segundo o Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ/SE), todos os réus foram condenados pelos crimes de homicídio qualificado consumado e furto qualificado. As penas descritas abaixo, já consideram o tempo em que os acusados permaneceram presos preventivamente (detração penal).
Bernardino Carvalho de Oliveira recebeu a pena mais alta: 19 anos, 9 meses e 2 dias de reclusão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado. Ele foi absolvido da acusação de posse de arma de fogo.
Já Edilson Marques da Silva foi condenado a 18 anos, 11 meses e 29 dias.
Os outros dois réus, Hionas Feitosa dos Santos e José Nilson dos Anjos Freitas, foram sentenciados, respectivamente, a 18 anos, 10 meses e 17 dias; e 18 anos, 11 meses e 29 dias de prisão.
O Portal Infonet não conseguiu localizar a defesa dos réus, mas permanece à disposição através do e-mail jornalismo@infonet.com.br
Sobre o caso
O crime ocorreu em 2018 e envolveu sequestro, assassinato com requintes de crueldade, roubo e ocultação de cadáver. A vítima foi encontrada morta dentro de uma lixeira, em uma área rural do sertão sergipano. A Polícia Civil descartou inicialmente o latrocínio como principal motivação do crime e concluiu que o assassinato teria sido motivado por ciúmes.
À época do caso, o delegado responsável pelas investigações, Fábio Pereira, revelou que o crime ocorreu após a vítima participar de uma festa com amigos, incluindo uma mulher que mantinha relacionamento com um dos suspeitos. Imagens do encontro circularam nas redes sociais e teriam provocado a reação violenta. A vítima chegou a ser ameaçada e se mudou para Salvador, tentando se proteger da situação.
Ainda de acordo com o delegado, há relatos de que a vítima foi convidada a assinar como responsável técnico por uma farmácia, mas teria recusado a proposta, o que também pode ter gerado desavenças. Apesar de todos os acusados negarem envolvimento, a Polícia afirma que as provas técnicas e testemunhais são consistentes. “As confissões são até desnecessárias diante das várias provas que reunimos. Eles negam e contam histórias totalmente controversas”, disse o delegado à época dos fatos
por João Paulo Schneider