Crime passional: farmacêutico foi morto com requintes de crueldade

Suspeitos pelo crime (Foto: SSP)

A Polícia Civil elucidou um caso que envolveu sequestro, homicídio com requintes de crueldade, roubo e desova de corpo em uma lixeira no sertão sergipano. A vítima é o farmacêutico John Michel Brito de Almeida. A suspeita é de que o crime tenha sido passional.

De acordo com o delegado Fábio Pereira, responsável pelas investigações, Bernardino Carvalho de Oliveira, 24, teria ficado com ciúmes quando a namorada dele [que não teve o nome divulgado], foi para a casa da vítima junto com outros amigos. Fotos da festa se espalharam pelas redes sociais e o fato despertou a atenção de Bernardino. “A vítima chegou a ser ameaçada por ele e fugiu para Salvador. Algumas testemunhas relatam que o acusado era muito ciumento”, disse.

O crime

Delegado explica o crime (Foto: Portal Infonet)

O crime ocorreu em Poço Redondo, no dia 29 de novembro, quando Bernardino e mais dois acusados [Edilson Marques da Silva, 30, e Hionas Feitosa dos Santos, 34], sequestraram John Michel. “Eles vendaram e amarraram a vítima. Deram tiros na face e ele chegou a ter o lóbulo da orelha arrancado. Foi um crime bárbaro”, disse o delegado.

Depois, os três suspeitos levaram a vítima para Monte Alegre, a cerca de 29 quilômetros de distância do local do sequestro, e desovaram o corpo numa lixeira.

Os pertences de John Michel foram roubados e, inicialmente, a Polícia Civil investigava a suspeita de latrocínio [roubo seguido de morte]. Colhendo provas técnicas e testemunhais, os investigadores descobriram que a principal motivação teria sido os ciúmes.

Outra versão, ainda não foi confirmada, é que Bernardino teria pedido que a vítima assinasse como farmacêutico na farmácia que ele era proprietário, mas o convite não teria sido aceito.

Todos os suspeitos negam o crime, entretanto, o delegado não tem dúvidas sobre a versão. “As confissões são até desnecessárias diante das várias provas que reunimos. Eles negam e contam histórias totalmente controversas”, garantiu o delegado.

Um dos fatores que dificultou as investigações, de acordo com o delegado Fábio Pereira, foi o fato de Bernardino conhecer a rotina de delegacias, já que era estagiário de direito. “Ele já tinha estagiado nas delegacias de Monte Alegre e Poço Redondo, o que dificultou a coleta de provas. Eles até tentaram destruir algumas”, completou.

Além homicídio e roubo, Bernardino deverá ser indiciado por posse ilegal de arma de fogo e tráfico de medicamentos, já que vendia, de acordo com a polícia, remédio de uso controlado sem autorização.

Bernardino e Hionas foram presos em Sergipe. Já Edilson Marques, foi localizado e preso no estado do Paraná.

por Jéssica França

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