Laudo técnico aponta lançamento de esgoto no Rio Sergipe

 Mancha foi detectada por populares próximo à praia Bico do Pato, no bairro 13 de Julho (Foto: Rede Social) 

A Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) recebeu na manhã desta quarta-feira, 16, o laudo técnico sobre a mancha escura no Rio Sergipe, detectada por populares e divulgada em redes sociais no último dia 23 de novembro. O ponto de coleta esteve situado na confluência da Avenida Beira Mar com o Canal Tramandaí.

De acordo com os resultados analíticos, o parâmetro de Oxigênio Dissolvido (O.D) encontrado na água se encontra com concentração muito baixa (2,2 mg/L), estando em desacordo com a Resolução Ambiental Conama 357/2005, que dispõe sobre a classificação da água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, entre outras providências.

O laudo ainda aponta para a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), que se encontra em 9,5 mg/L, ou seja, acima do limite estabelecido na Resolução Conama, o que demonstra um ambiente aquático com elevada carga orgânica. “Quando a carga orgânica é baixa, a DBO fica elevada demais, ou seja, acima do limite estabelecido. Isso representa a elevação do índice de material orgânico do que provoca poluição”, antecipou a Assessoria de Comunicação da Adema.

Bactérias

Ainda foi detectado elevado número de colônias de bactérias e elevada concentração de Fósforo Total no ponto, o que também se encontra em desacordo com a Resolução Conama. Nesse caso é sugestivo de contaminação por efluentes domésticos sanitários.

“Em suma, conforme claramente citado em laudo da Adema, há no referido ponto da mancha exposta na foto o cenário real do lançamento de esgoto no Rio Sergipe, apontando ausência de adequado saneamento básico no local. Esses efluentes domésticos lançados no Rio Sergipe apontaram para dois tipos de situação: a elevada concentração de fósforo na amostra (1,26), que implica na baixa taxa de oxigênio dissolvido, e existência de Coliforme Termotolerantes (4.600 UFC/100ml) ”, avaliou a Adema.

Segundo informações obtidas na Administração Estadual do Meio Ambiente, equipes de fiscalização foram enviadas ao local no mesmo dia da denúncia e colheram amostras da água para análise. O boletim de análise já se encontra disponível para órgãos cabíveis, a fim de que sejam tomadas de devidas providências. Neste caso, segundo a Adema, a responsabilidade é da Prefeitura de Aracaju.

A assessoria da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) enviou nota informando que está concluindo o Plano Integrado de Saneamento Básico, cujo estudo identificou alguns bairros sem esgotamento sanitário, a exemplo do Jardins  e do Grageru. Essas áreas, à época, não receberam licenciamento da Sema, pois o órgão ainda não tinha sido implantado.  A Sema vem realizando fiscalização em condomínios dessas áreas de forma a comprovarem o tratamento primário dos efluentes  domésticos como ficou determinado na licença obtida naquele período junto a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema).  Segundo informação prestada pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), em breve, todo o esgotamento sanitário dessas áreas estará concluído.

A matéria foi alterada às 08h50 de 18/12/2015 para acréscimo da nota enviada pela Sema, no último parágrafo.

Por Nubia Santana

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