Livro mostra realidade dos idosos no Brasil

Idosos participam de lançamento do livro
“O Brasil tem que aprender a priorizar a velhice desde a infância”, disse Nilmário Miranda, ex-ministro dos Direitos Humanos e vice-presidente da Fundação Perseu Abramo, no lançamento do livro “Idosos no Brasil: Vivências, Desafios e Expectativas na Terceira Idade”, ocorrido na tarde desta quinta-feira, 17, em Aracaju.

 

Editado pela doutora Anita Liberanesso Néri, o livro é resultado de uma pesquisa feita pela Fundação Abramo e tem como principal objetivo mostrar à sociedade a real situação dos idosos no país, bem como avaliar de que forma a população e o próprio idoso enxergam essa realidade.

 

“A pesquisa é destinada, principalmente, às pessoas que lidam com os idosos. É uma grande oportunidade para que se possa verificar quais são os pontos a serem melhorados no país. Cerca de 10% da população brasileira pertence à terceira idade, o que é um número considerável, já que vivemos num país de economia emergente e com

Nilmário diz que Brasil precisa valorizar a velhice desde a infância

uma parcela de população jovem muito alta”, disse Nilmário Miranda.

 

Segundo Miranda, a preocupação com a terceira idade é decorrente de um problema histórico, que deve ser tratado com urgência. “O idoso deve exercer o seu poder como cidadão e ter autonomia diante do que ele produziu ao longo da vida inteira”, comentou.

 

A secretária de estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social, Ana Lúcia Vieira, esteve presente no evento e falou sobre a importância da conscientização do papel do idoso na sociedade. “Ainda há muito preconceito em relação ao idoso na nossa sociedade. Isso é um reflexo histórico, no qual o mais viável e interessante é o lucro, a produtividade. Como o idoso não mais produz economicamente, ou seja, não trabalha, não exerce atividade remunerada, as pessoas acabam acreditando que ele não tem mais direito a nada”, disse a secretária.

 

Secretária Ana Lúcia
Sobre o livro, Ana Lúcia afirma que é um projeto de extrema importância, uma vez que mostra a realidade dessa classe social no país. “Além do significado teórico e histórico, há a importância dos dados, que nos levam a conhecer mais sobre as necessidades desse público e trabalhar no que for necessário para ajudar na sua qualificação de vida”, completou.

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