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Meninas moravam em Itaporanga d'Ajuda (Foto: arquivo Portal Infonet) |
Uma mulher do município de Itaporanga está sendo acusada pelas quatro filhas de alugá-las para a exploração sexual. Durante oito meses, as meninas com idade entre 6 e 11 anos foram submetidas à estupros e torturas. A suspeita é de que os homens integrem uma quadrilha de pedofilia.
O caso veio à tona na última semana, quando as crianças, que estavam de férias na casa da avó paterna em Maceió, confessaram toda a situação. "As crianças estavam de férias na casa da família do pai e se recusavam a voltar para a casa da mãe em Sergipe. A família já havia estranhado o comportamento das meninas que não dormiam bem e tinha pesadelos à noite. Logo depois, elas acabaram contando que estavam sendo alugadas pela mãe e sendo exploradas sexualmente”, conta o conselheiro tutelar da cidade de Maceió, Arildo Alves.
O conselheiro também revelou alguns detalhes dos depoimentos dados pelas crianças. “Segundo relatos das meninas, um carro com vários homens ia buscá-las à noite. Elas eram levadas para uma fazenda e enquanto umas eram abusadas, as outras eram amarradas na cadeira e tinham a boca amordaçada. Elas também contaram que o namorado da mãe participava dos abusos e que também teriam visto crianças assassinadas”, detalha. Ainda de acordo com ele, uma das meninas contou que ouviu a mãe dizer a um dos homens: “Pode abusar, mas não pode matar”.
Arildo explicou que o pai das crianças é separado da mãe e morava na cidade de São Paulo. Ele pediu demissão do emprego e voltou a Maceió para acompanhar o caso.
O caso foi levado ao Conselho Tutelar e as crianças foram encaminhadas para a realização de exames no Instituto Médico Legal (IML), que comprovaram sinais de abusos em todas as meninas, além do diagnóstico de AIDS em uma delas.
Investigações
A Promotoria da Infância e representantes da Coordenação Nacional de Enfrentamento ao Abuso Sexual já estão em Maceió para acompanhar o caso. A Polícia Federal também está investigando o caso. Já a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE) informou que o caso ainda não chegou à Delegacia de Itaporanga.
Por Verlane Estácio
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