Primeiro foi a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Sergipe, agora é a vez da Central Única dos Trabalhadores (CUT) recusar o convite feito pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) para fazer parte da auditoria que apura os contratos firmados pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e empresas privadas.
“Não vamos participar. Nós não acreditamos no processo de auditoria no Tribunal de Contas”, afirmou o presidente da CUT, Antônio Góes. Para o dirigente, o TCE passa por uma crise de credibilidade, e a central sindical sugere que conselheiros do órgão sejam alvos de investigações.
Para Antônio Góes, o TCE deveria ter mecanismos para controle da sociedade perante o órgão, e não convidar entidades da sociedade civil para participar de uma operação ‘apaga fogo’. “Estão querendo escamotear determinados atos”, resumiu o dirigente sindical.
“Molecagem”
Ele negou que a não participação na auditoria tenha ocorrido após o presidente do TCE, Carlos Pinna, ter classificado de “molecagem” o ato programado pela CUT ´que lavará as escadarias do TCE no próximo dia 25. “Já tínhamos decidido bem antes desse fato”, garantiu Góes.
Além da CUT e da OAB, outras três entidades da sociedade civil foram convidadas para participar da equipe: Conselho Regional de Contabilidade (CRC), Tribunal de Contas da União (TCU) e Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea).
A OAB decidiu recusar o convite formulado pelo TCE, porque a iniciativa não tem validade jurídica.