
As manchas de óleo que estão reaparecendo no litoral sergipano são provocadas, segundo a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), pela maré alta. De acordo com o órgão ambiental essas manchas estavam enterradas e com a mudança da maré voltam a surgir. A previsão é que até o mês de março, mês de marés altas, o aparecimento das manchas sejam mais recorrentes.
De acordo com o analista ambiental da Adema, Antonello Morais, a Frente Unificada criada em Sergipe para lidar com o desastre ambiental, continua se reunindo e irá acionar as prefeituras para monitorar e fazer a limpeza das praias.
“A limpeza dessas manchas ainda não foi feita até porque aparecem nos últimos dias. As empresas que tinham sido contratadas para fazer a limpeza e descarte dessa substância não está mais fazendo esse trabalho. Estamos tentando junto a Frente Unificada montar um cronograma com as prefeituras que sofreram a incidência de fato e fazer essa limpeza municipalmente. A prefeitura vai ter a responsabilidade de fazer o monitoramento, coleta e destinação correta do material”, ressalta Antonello.
A Adema ratifica que as manchas que estão aparecendo não são novas e tranquiliza a população quanto a balneabilidade das praias de Sergipe. “Esse óleo estava enterrado e a maré alta fez ele ressurgir. Por isso é importante que seja feita a limpeza para que esse óleo não volte a ser enterrado e sempre fique ressurgindo. Não há risco ao banhista e as pessoas podem frequentar as praias normalmente”, afirma.
As manchas de óleo foram vistas novamente nas praias aracajuanas, Mosqueiro e Coroa do Meio, mas de acordo com a Adema equipes confirmaram a presença das manchas na praia do Saco, em Estância, litoral sul. Hoje os técnicos estão percorrendo as praias do litoral norte.
Por Karla Pinheiro