Manifestantes se reúnem em ato sobre a defesa do clima em Aracaju

Manifestantes estiveram reunidos no centro de Aracaju (Foto: Flávio Marcel)

Com faixas e cartazes, a Frente Socioambiental Sergipana deflagrou o ato ‘Greve Mundial pelo Clima’ no centro de Aracaju, na tarde desta sexta-feira, 24 de setembro. De acordo com o integrante da Frente Socioambiental Sergipana, Flávio Marcel, o objetivo do ato é conscientizar a população e chamar atenção das autoridades políticas acerca dos problemas climáticos.

“A atividade faz parte de uma agenda de luta mundial contra as mudanças climáticas provocadas pela exploração e destruição do nosso meio ambiente natural. Em Sergipe, realizamos a discussão dos problemas, trazendo para o âmbito local juntamente com as pautas mundiais”, explica Flávio Marcel.

O ato foi dividido em dois momentos. Inicialmente, foi entregue uma Carta Aberta aos representantes do legislativo municipal contendo um apelo para que elas criassem políticas socioambientais muito mais incisivas. 

“Cobramos atuação política efetiva, posicionamentos, discussões e compromisso com a luta ambiental, até porque essa não será a última pandemia vivenciada por nós, tendo em vista todos os impactos ambientais que estão sendo causados. Por isso, é preciso construir, com participação popular, uma agenda de políticas públicas de combate às mudanças climáticas em Sergipe”, diz a carta.

No segundo momento, os manifestantes andaram por toda a extensão do Calçadão João Pessoa, conscientizando a população presente sobre os perigos do aquecimento global e das mudanças climáticas.

Ato buscou cobrar políticas públicas para defesa do cima (Foto: Flávio Marcel)

“A discussão de exploração de petróleo em nosso estado, pela Exxon-Mobil, que vai comprometer nossa biodiversidade e a vida das comunidades tradicionais. O avanço imobiliário desgovernado, que afeta as áreas de proteção ambiental, no caso de Aracaju, principalmente no bairro Jabotiana e zona de expansão, dentre outros”, citou Flávio Marcel, sobre os problemas ambientais existentes no estado. 

Na carta aberta, entregue a representantes do Poder Legislativo, a Frente Socioambiental destacou que não há uma agenda de políticas públicas de combate às mudanças climáticas em Sergipe. O texto afirma ainda que toda a população também é responsável por fazer mobilização e denúncias.

“É necessário compreender também que as mudanças precisam surgir nas escolas, nos nossos bairros, nas casas legislativas, em nossas cidades com mobilizações e denúncias contra aterramentos de rios, manguezais, lagoas, na luta contra a especulação imobiliária nas nossas praias, com ações antipoluição, atuação para coibir o desmatamento, a pesca predatória, e o impacto da poluição plástica. Nós somos responsáveis por todas as formas de vida e não somos seres superiores. A sociedade precisa se unir para combater tantos crimes, que comprometem a vida no planeta, ao qual estamos inseridos”, diz um trecho da carta. 

O Portal Infonet entrou em contato com  a Administração Estadual do Meio Ambiente de Sergipe (Adema) para esclarecimento dos fatos, mas até momento não obteve nenhum posicionamento. O Portal está a disposição através do e-mail: jornalismo@infonet.com.br.

Por Luana Maria e João Paulo Schneider 

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