Marinha investiga embalagem de lubrificante da Shell encontrada no RN

Barril encontrado no Rio Grande do Norte: embalagem de lubrificante da Shell  (foto: Marinha do Brasil)

A Marinha continua investigando a origem da substância oleosa encontra em uma embalagem de lubrificante produzida pela Shell nas praias do Nordeste. Na quinta-feira da semana passada, 17, um tambor contendo substância ainda desconhecida foi encontrado no litoral do estado do Rio Grande do Norte. De acordo com informações da Shell Brasil, trata-se de uma embalagem de lubrificante da linha Omala S2 G 220. Mais de 525 toneladas de resíduos oleosos já foram retiradas das praias nordestinas.

Conforme panfleto produzido pela própria Shell sobre essa linha, o tipo de lubrificante é utilizado em engrenagens industriais. “Os óleos Shell Omala S2 G são óleos de extrema pressão de alta qualidade, desenvolvidos para aplicação em engrenagens industriais sujeitas a condições severas de operação”, destaca texto exposto no panfleto publicitário. “Combinam elevada capacidade de resistência a cargas elevadas e características anti-fricção, que proporcionam performance superior em aplicações industriais”, complementa o folheto.

Em nota enviada ao Portal Infonet, a Shell Brasil informa que a Marinha do Brasil ressaltou que o tambor encontrado no litoral do Rio Grande do Norte estava lacrado, não apresentava vazamento e, dentro dele, havia “um líquido ainda não identificado”.

Outras embalagens em Sergipe

No dia 25 de setembro deste ano, dois barris de um outro tipo de lubrificante foram encontrados em praias de Aracaju. Em nota enviada ao Portal Infonet, a Shell Brasil informa que o conteúdo daqueles tambores localizados em praias sergipanas não é produzido no Brasil e não tem relação com o óleo cru espalhado por toda região Nordeste. “Vale ressaltar que o próprio adesivo em um dos tambores encontrados em Sergipe traz a data de 17/02/2019 associada ao envase do lubrificante Argina S3 30, e que a mancha de óleo cru que está atingindo o litoral começou a impactar a costa em setembro”, destaca a Shell, na nota.

Segundo a Shell, os fatos apontam para uma possível reutilização das embalagens encontradas nas praias de Aracaju e assegura que a reutilização não foi feita pela empresa. “A companhia informa também que não transporta óleo cru acondicionado em tambores em rotas transatlânticas. Ainda sobre os tambores com rótulos de lubrificante encontrados no litoral do Sergipe, a Shell Brasil confirma que recebeu a notificação do IBAMA e respondeu dentro do prazo”, destaca a nota.

por Cassia Santana 

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