Mecânico é morto a tiros em Laranjeiras

Corpo chega ao IML aos 30 miinutos da madrugada desta sexta (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Mais um assassinato foi registrado em Laranjeiras, a 23 km da capital, Aracaju, onde a violência é crescente, segundo os moradores. Na noite desta quinta-feira, 12, o mecânico Joéliton dos Santos, 31, foi morto a tiros em uma estrada, conhecida como Rua do Posto, no povoado Oiteiros. “Atiraram nele e não levaram nada. Tudo, a carteira, documento e o celular, estava no bolso dele”, relatou a irmã da vítima, que prefere manter-se no anonimato.

Os familiares reclamam do grau de violência no município e apela para o anonimato temendo reação de grupos criminosos. De acordo com a família, por volta das 19h, o mecânico saiu da residência pilotando uma motocicleta informando apenas que iria a um núcleo habitacional. “Só disse que ia no conjunto, mas lá tem vários conjuntos. A gente não sabe dizer qual conjunto ele foi”, ressaltou uma das tias, que também opta pelo anonimato.

Na Rua do Posto, homens ocupando um veículo de passeio teriam se aproximado da vítima e disparado os primeiros tiros. “Ele [o mecânico] pulou da moto, correu, mas não teve jeito. Eles [os criminosos] perseguiram e acertaram ele [a vítima]”, conta a tia.

Outro crime

Joéliton é a segunda pessoa assassinada na família. O primo dele, Ítalo José ítalo dos Santos, à época com 19 anos, foi morto a tiros no dia 15 de junho de 2012. Um crime insolúvel, segundo a mãe da vítima, Valdete dos Santos. “Nunca esqueço o dia, era o meu aniversário”, desabafa dona Valdete, sem esconder a tristeza.

Ela suspeita que o filho tenha sido vítima de assalto. “Ele trabalhava e vinha do canavial com outras pessoas. Perguntaram pelo dinheiro e ele disse que não tinha recebido ainda aí mataram meu filho”, disse. Um suspeito chegou a ser preso por outro crime. “Ele foi preso por assalto. A gente ficou em cima, mas ele foi solto no dia seguinte”, revela a mãe. “Até hoje ninguém foi preso e eles passam pela gente mangando da nossa cara”, desabafa, clamando por justiça.

Por Cássia Santana