Metrosexual, Machosexual ou Retrosexual?

As metrópoles são eventos recentes. Com o surgimento de cidades com milhões de habitantes, surgem problemas e tendências que até então não existiam em pequenas comunidades. Com eles, também estão incluídas as modas e os ‘fashionismos’, e por que não, os mais variados tipos sociais.

 

Hoje, dia 15 de julho, comemora-se o dia Mundial do Homem. Apesar de não ser tão alardeado como o dia da Mulher, o 15 de julho nos lembra que o homem está passando por uma transição revelada em sua maneira de se comportar como personagem social. É daí, da junção entre metrópole e homem, que surge “um homem urbano com um forte senso estético e que gasta grande parte de seu tempo e dinheiro em sua aparência e estilo de vida”, resume o “The word spy”. Ou seja, metrosexual.

 

Desde que surgiu, o termo caiu no popular, mas pouca gente sabe que a palavra metrosexual (ou metrossexual), é originada do inglês e representa a junção dos termos “Sexual” e “Metropolis”. A primeira vez que foi usada, de acordo com a Wikipedia, foi em 1994, pelo jornalista britânico Mark Simpson. Originalmente, ele escreveu um artigo se referindo ao homem urbano de qualquer orientação sexual que serve de público alvo para as revistas de moda masculina.

 

Apesar disso, o termo começou a ser usado para se referir ao homem heterossexual que está “em sintonia com seu lado feminino”. Entre críticas e elogios, surgem os que tentam se aventurar um pouco mais, como é o caso de um artigo de Luiz Carlos Rivera. Para ele, talvez este novo comportamento masculino signifique a tentativa inconsciente do homem em negociar  e ser aceito pela mulher do novo século.

 

Outros já arriscam definir quem seria o homem metrosexual: uma espécie de empreendedor bem-sucedido, com idade entre 25 e 45 anos. Ele seria um homem que vive em grandes cidades e que se preocupa com a aparência. A definição acima é do jornal “A Tarde”.

 

Mas e Aracaju, como se encaixa nisso? Ainda não é possível descrever um panorama exato sobre a situação. Alguns salões e centros de estética possuem um grande fluxo de clientes masculinos (excluam-se aí aqueles que procuram estes estabelecimentos apenas para cortar os cabelos), enquanto em outros, a procura é menor.

 

Em salões, as situações chegam a ser cômicas. Telma Maria Souza e Rocha, do salão Chez Ivan, conta o caso de um homem que apostou com os amigos que teria coragem de fazer luzes no cabelo (técnica em que parte do cabelo é clareada). Depois de mostrar o resultado aos amigos, “ele voltou no outro dia para escurecer”, diz ela.

 

Telma conta que o salão possui vários homens como clientes, entretanto, poucos ainda procuram por serviços diferenciados, como depilação de peito e pescoço, defrisagem, luzes, e até mesmo manicura e pedicura. “A maior parte dos homens só procuram o salão para cortar cabelo. Os serviços de estética ainda são pouco procurados por eles”, fala a funcionária.

 

Ela diz também que no caso daqueles que exigem mais privacidade, uma sala foi especialmente preparada. Longe dos olhos dos outros clientes, eles ficam mais à vontade para usufruir dos tratamentos estéticos da empresa. Há ainda aqueles que evitam os horários com mais fluxo de clientes.

 

E o que eles perdem? “Muita coisa. Por exemplo, nós oferecemos tratamento para homens que estão com os cabelos brancos ficando amarelados e muitos não sabem”, explica Telma. Porém, o surpreendente é saber que aqueles que se arriscam a passar pelas técnicas mais avançadas de estética são homens mais maduros, acima dos 40 anos, pelo menos no local.

 

RETROSEXUAL E MACHOSEXUAL? – Além do metrosexualismo, foram cunhados outros termos para definir diferentes tipos de comportamentos frente à estética masculina. Um deles é o retrosexualismo e o outro o machosexualismo, ambos também derivados do inglês.

 

Ao contrário do que muitos podem pensar, machosexual não é um homem heterossexual que reafirma um comportamento machista. É justamente o contrário. O machosexual é uma palavra atribuída a homossexuais, ou seja, gays que apresentam um comportamento extremamente masculino. Eles seriam os trogloditas do mundo GLBT e passariam por homens machistas para a maioria das mulheres. Porém, é bom deixar claro que esses gays são ‘assumidos’ e não tentam esconder a orientação sexual.

 

O machosexualismo foi criado a partir das palavras “macho” e “sexual”, ambas em inglês, e a palavra foi cunhada em blogs e grupos de notícias. De acordo com a Wikipedia, o termo é novo e surgiu no século XXI, sendo já utilizado em jornais e editoriais de revistas. Ao pé da letra, “um machosexual é uma pessoa abertamente homossexual que se engaja em atividades e um estilo de vida prioritariamente considerados como para homens heterossexuais”.

 

O retrosexualismo é justamente o contrário do metrosexualismo. Ele seria atribuído a homens heterossexuais com um pobre senso de estilo e que rejeitam serem tachados por sua aparência física. Os sinônimos do estilo também são ‘homem real” ou “masculino”. Geralmente, a maior parte da sociedade é considerada retrosexual, segundo a Wikipedia. Enquanto isso, existem os perdidos, que ainda não sabem bem onde se encaixam. Até lá, devem ser cunhados novos termos para classificar mais tipos estéticos masculinos.

 

Por Wilame Amorim Lima

Da Redação do Portal infonet

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