Morador de rua confessa que matou turista mineira

Ernandes Marcelino confessa crime (Foto: Getam)

A Polícia Militar localizou um morador de rua, viciado em drogas, acusado de assassinar a técnica de enfermagem Cleuza Lourenço Machado, 48, cujo corpo foi encontrado na manhã do dia 15 deste mês na Praia de Atalaia, próximo ao Banho Doce, em Aracaju.

O suspeito foi identificado como Ernandes Marcelino da Silva, 42, que seria um morador de rua viciado em drogas, foragido do presídio do Distrito Federal condenado por estupro e roubo, segundo os primeiros levantamentos realizados pela equipe de inteligência do Grupamento Tático de Motos (Getam) da Polícia Militar de Sergipe.

De acordo com informações do tenente-coronel Paulo César Paiva, chefe da 5ª Seção da Polícia Militar [setor responsável pela Comunicação Social da PM], o suspeito recebeu voz de prisão por volta das 18h30 do domingo, 29, na Praia de Atalaia, em local próximo aos arcos. Ele já vinha sendo procurado há vários dias, segundo a PM. A identificação do suspeito foi possível em decorrência de uma testemunha. “Esta testemunha não presenciou todo o crime, mas viu parte do fato e prestou informações precisas sobre o suspeito”, ressaltou.

Com base nestas informações, o setor de inteligência do Getam começou a procurá-lo e só ontem conseguiu localizá-lo. Segundo o tenente-coronel Paiva, o suspeito confessa o crime. “Ele disse que tinha conhecido a mulher naquele dia e que ela o teria procurado em busca de droga”, conta o tenente-coronel Paiva. “Ele disse que os dois se encontraram, consumiram droga, que transaram e depois tiveram um desentendimento. Neste desentendimento, ele usou um arame para matá-la”, revela o tenente-coronel.

Segundo o tenente-coronel, o suspeito apresenta distúrbios, fala histórias desconexas e há a suspeita de ter uma terceira pessoa envolvida, que seria uma mulher usada para atrair a turista. “Há um aspecto confuso nas informações que ele passa”, ressalta o tenente-coronel Paiva. As primeiras informações da PM indicam que o suspeito vivia nas proximidades onde o crime aconteceu dormindo no matagal. “Como a prefeitura desmatou, ele sumiu do local”, ressaltou o tenente-coronel Paiva.

Ao ser preso, o suspeito apresentou vários nomes. Ele estava sem documentos, mas a PM fez levantamentos e chegou à identificação. O acusado foi encaminhado para a Delegacia Plantonista e de lá foi transferido para o Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa (DHPP), onde estão sendo realizadas as investigações.

Por Cássia Santana