Moradores denunciam venda de produtos após o incêndio

Em audiência, Euza Missano ouve moradores do Reserva das Flores, que fica próximo ao Makro (Fotos: Portal Infonet)

Moradora e advogada do condomínio, Katiene Barbosa

Morador e sub-síndico do Reserva das Flores, Tiago Braga

Incêndio No Makro tomou grandes proporções

A rede atacadista Makro terá que informar ao Ministério Público Estadual se houve comercialização de produtos alimentares e de limpeza que sobraram nas ruínas do incêndio ocorrido na loja de Aracaju no dia 10 de janeiro.

A prática foi presenciada por moradores do Condomínio Reserva das Flores e informada ao Ministério Público Estadual (MPE) na manhã desta sexta-feira, 5, em uma audiência extrajudicial. O residencial conta com 320 apartamentos e oito prédios e fica próximo a área do Makro, sendo diretamente atingido pela fumaça e resquícios do incêndio.  

"É um fato muito grave se realmente comprovado. Isso foi anunciado por todos que estavam presentes na audiência e preocupa muito o Ministério Público", diz a promotora de Justiça dos Direitos do Consumidor, Euza Missano.

Segundo ela, os diretores da rede atacadista Makro já tinham recebido uma orientação da Vigilância Sanitária de que  nenhum desses produtos poderiam ser comercializados ou sequer doados. "Então realmente é de extrema gravidade e que merece a apuração e será apurado no inquérito", afirma a promotora de Justiça.

Outros danos

Os danos e transtornos do incêndio do Makro, causados aos moradores do Condomínio Reserva das Flores, foram tema da audiência, que também contou com a participação de representantes da Coordenadoria de Vigilância Sanitária (Covisa).

Segundo a advogada e moradora do residencial, Katiene Barbosa dos Santos, foram grandes os transtornos causados às famílias do condomínio.

"Tem um morador que tem um filho em estado vegetativo e tem uma UTI em casa porque ele respira por aparelhos e o transtorno foi grande para eles, assim como para todos os moradores que suportaram a fumaça e a folhigem por mais de 15 dias", disse Katiene Barbosa.

O sub-síndico, Tiago Braga, informou que os 21 funcionários da administração do condomínio tiveram que trabalhar utilizando equipamentos de proteção individual (EPI), como máscaras.

"A ventilação levava toda fumaça densa, a folhigem e o mau cheiro de comida estragada para lá. Alguns moradores tiveram que sair de seus apartamentos e ir para casa de parentes, ou ficar num hotel porque a situação estava insuportável", disse ele.

Makro

Por meio de nota, o Makro Atacadista esclareceu que tomou todas as medidas necessárias para cumprir com as determinações da Vigilância Sanitária, que em janeiro deste ano realizou fiscalização na loja de Aracaju (SE) após o incêndio ocorrido.

O Makro disse também que na ocasião, realizou o descarte de todas as mercadorias que estavam no local, por meio de uma empresa credenciada, com o devido acompanhamento de nossas equipes. A empresa reiterou o irrestrito compromisso com o atendimento da legislação vigente e o bem-estar dos clientes e das comunidades onde o estabelecimento está instalado. 

Por Moema Lopes

A matéria foi alterada às 20h27 para acréscimo de nota enviada pelo Makro. 

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