A manifestação aconteceu na rodovia João Bebe Água, São Cristovão (Fotos: Portal Infonet)
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Os moradores voltaram a demonstrar insatisfação devido à destruição de suas casas no povoado Cabrita, em São Cristovão. Na tarde desta quinta-feira, 20, os moradores, recentemente desalojados, fecharam a rodovia João Bebe Água como forma de protesto. Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, entre outros movimentos sociais, apoiaram o ato dos moradores.
Na última sexta-feira, 14, inúmeras famílias foram despejadas e viram suas casas serem destruídas após decisão judicial de reintegração de posse da área. Nesta quinta-feira, 20, a polícia retornou ao local para terminar de derrubar árvores e plantações, no intuito de fazer com os moradores deixassem a área.
A ação gerou mais revolta entre os moradores, que optaram pelo ato de protesto na rodovia João Bebe Água. Jadiel Santos é um dos que vive na região da Cabrita e ele conta que os moradores irão resistir no povoado. “Chegaram destruindo tudo. Mas, mesmo assim, nós queremos dizer que não vamos sair daqui”, disse o morador.
Ginalva Isaías, também residente do local, explica que ficou inconsolável com o restante da destruição das moradias do povoado Cabrita. “Acabaram com tudo o que eu tinha. Tudo que a gente tem. Nós não estamos pedindo nada de mais. Só queremos continuar onde estivemos esse tempo todo”, contou a moradora.
A moradora Patrícia Fontes fala que o que aconteceu é um descaso com a população da região. “A gente quer chamar a atenção para todo esse descaso. Não estamos de malandragem, a gente trabalhou pra manter a terra. E eles destruíram tudo o que estamos plantando há anos”, disse. “E a união faz a força. A gente é humilde, mas faremos o possível pra lutar pela nossa terra”, completou a moradora.
MST
O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra apoiou os moradores da Cabrita no ato desta tarde. Gislene Reis, uma das manifestantes do MST, fala da importância do apoio a causas como a da Cabrita. “É uma questão de solidariedade. E eles estão lutando pela terra deles. Não é justo que, depois de tanto tempo, eles tenham que deixar o que eles criaram aqui. Se necessário for, apoiaremos os moradores em outras manifestações também”, disse Gislene.
Por Helena Sader e Verlane Estácio
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