Moradores não querem deixar a Invasão (Fotos: Portal Infonet)
|
Na manhã desta terça-feira, 28, moradores da Invasão das Mangabeiras, realizaram uma manifestação na ponte que liga os bairros Orlando Dantas e Santa Maria, em Aracaju. Houve queima de pneus e a ponte foi interditada. O ato é contrário à reintegração de posse da Invasão em ação de autoria da Procudoria Geral do Estado (PGE).
De acordo com o representante do movimento Jackson Santos, ontem, 27, os moradores receberam uma liminar do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe determinando que, num prazo de 15 dias, o local seja desocupado. Porém, o representante enfatiza que eles só sairão se houver garantias. “Estamos com a liminar na mão, mas não vamos sair de lá. Só se for para as nossas casas ou se o Governo nos der um terreno”, enfatiza. Mais de 400 famílias residem na Invasão há cerca de um ano.
Manifestantes saíram em caminhada pelo Orlando Dantas gritando palavras de ordem |
Após queimarem pneus e fecharem o trânsito na ponte, os manifestantes saíram em caminhada pelo Orlando Dantas gritando palavras de ordem. A Polícia Militar e a Superintendência de Transporte e Trânsito (SMTT) acompanharam o ato.
PGE
A assessoria da PGE, o Estado de Sergipe ingressou com ação de imissão na posse em imóvel cedido pela União Federal para a construção de habitações populares. O Estado tem um projeto para a construção de cerca de 5.000 unidades residenciais no total, que serão construídas em etapas.
Ao obtermos o imóvel, percebemos que o mesmo tinha uma invasão e havia sido iniciado um processo de favelização aos fundos do Aeroporto. In loco, observamos que as condições de higiene são precárias, sendo que o esgoto corre a céu aberto e é despejado diretamente em uma das lagoas da região, contaminando o lençol freático. As condições de habitação são péssimas.
Nos processos de favelização, cuja urbanização é tradicionalmente caótica, as medidas a serem tomadas pelo Poder Público devem se dar logo em seu início, sob pena dos custos de correção urbana serem agigantados. No caso, observamos que o loteamento irregular já estava iniciado e, se não organizássemos o espaço urbano para fins de moradia popular em uma excelente área (623 mil metros quadrados), em que caberiam cerca de 5.000 unidades residenciais organizadas, menos de 1.000 tomariam o espaço, com pessoas que muitas vezes não fazem jus a programas populares.
Assim, o Estado cadastrou as famílias que já se encontram na área e irá analisar os critérios legais para saber se as mesmas possuem o direito ao programa estatal. Uma vez preenchidos os requisitos legais, estas pessoas farão parte também do programa estatal.
A liminar foi deferida exatamente para que o Estado ingresse no imóvel, organize o espaço urbano e dê moradia a quem efetivamente precisa. Com isso, preservamos a eficiência do gasto público e aproveitamos ao máximo o terreno que a União nos cedeu para a construção das moradias populares.
por Jéssica França
A matéria foi alterada às 14h54 do dia 28/11 para acréscimo de nota da PGE
Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B