Morte de Genivaldo completa 3 meses; inquérito segue sem desfecho

(Foto: Redes sociais)

Há exatamente três meses, uma abordagem realizada por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no município sergipano de Umbaúba, terminou com a morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos. Apesar de 90 dias terem se passado, até o momento, o inquérito que investiga a situação ainda não foi finalizado. Genivaldo faria 39 anos nesta quinta-feira, 25.

A advogada Priscila Mendes, que representa Fabiana dos Santos, viúva de Genivaldo, lamenta a não conclusão do inquérito e a demora na emissão de laudos por parte do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe e do Instituto de Criminalística de Brasília.

Ela explicou que os exames pendentes são o toxicológico e o anatomopatológicos. O primeiro faz uma análise de amostras pulmonar, dos cabelos, da secreção nasal, dos rins e do sangue. Já o segundo analisa os pulmões e os brônquios. Eles serão fundamentais para verificar a relação da morte com o gás lacrimogêneo.

“Eu fui ao IML na terça-feira, 23, e perguntei se eles poderiam estipular um prazo para a conclusão. Eles falaram que me ligariam no decorrer desta semana e informaram que  o prazo seria de sete dias. Além do IML e da PF, também fui ao MPF (Ministério Público Federal), mas eles afirmaram que não poderiam fazer nada no momento, pois toda conclusão do inquérito depende deste laudo”, detalha a advogada.

A advogada relatou também que a família de Genivaldo não tem recebido nenhum tipo de subsídio e sobrevivem de doações de familiares e amigos. “É um descaso muito grande com a família. Nenhum subsídio financeiro, criminal ou emocional foi dado a ela. Fabiana era totalmente dependente financeiramente de Genivaldo. O filho do casal, no dia dos pais, não saiu de dentro do quarto chamando pelo pai. E o inquérito, que já completa três meses, não tem uma conclusão. A gente apela para que as autoridades tomem uma providência célere. A família teve um membro arrancado de forma bruta. Eles vivenciam constantemente a dor da morte”, afirma Priscila.

Investigações

As investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Federal e também pelo Ministério Público Federal em Sergipe. No entanto, a PF informou na última segunda-feira, 22, que faria pela terceira vez um pedido para prorrogação do prazo para conclusão do inquérito. O motivo é o não recebimento de laudos do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe e do Instituto de Criminalística de Brasília.

Relembre o caso

Genivaldo de Jesus Santos morreu no dia 25 de maio após abordagem da PRF/SE em Umbaúba. Ele foi abordado e colocado no porta-malas de uma viatura. O caso repercutiu em todo o Brasil e ganhou destaque também na mídia internacional. No comunicado de ocorrência, os policiais confirmaram que utilizaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo e disseram que houve “reiterada desobediência” e “resistência” por parte de Genivaldo. O Instituto Médico Legal (IML) divulgou que Genivaldo morreu devido à asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.

 

Por Luana Maria e Verlane Estácio

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