Motoristas de aplicativo fazem cortejo pedindo suporte e segurança

O motorista Tiago Passos conta que somente na Sexta-feira Santa oito veículos que trabalhavam cadastrados no aplicativo foram assaltados (Foto: Arquivo Infonet)

Na manhã desta sexta-feira, 10, motoristas de aplicativo fizeram um cortejo de luto em homenagem ao colega de trabalho Lucas Pasolyne Santos Bezerra, de 26 anos, encontrado morto na barragem do Rio Poxim na tarde de ontem. O cortejo seguiu da avenida Hermes Fontes até a entrada da administração local da empresa a qual são associados, com motoristas pedindo segurança e alegando que a empresa não dá o suporte necessário aos seus associados.

O motorista Thiago Passos conta que no dia da ocorrência Lucas estava de folga e saiu somente para “fazer o dinheiro do combustível do outro dia”. Além de cobrar justiça às autoridades, ele afirma que o cortejo representa a decepção dos motoristas com a falta de suporte prestada pela empresa de aplicativo. “O aplicativo informa que a corrida não foi feita pela empresa, mas a Secretaria de Segurança informa que foi um passageiro que ligou para ele diretamente sem ser pelo aplicativo e o amigo que também estava no carro confirma a informação de que a ligação foi feita por um cliente que usava o aplicativo”, diz ele.

No final do cortejo os motoristas pararam em frente a sede local da Uber, mas não foram atendidos por ninguém da empresa (Foto: Arquivo Infonet)

Thiago ressalta que a empresa para qual ele trabalha possui dados que poderiam trazer alguma explicação para a morte violenta do seu amigo, mas que nenhum retorno é dado aos motoristas. “A empresa relata que ela não dá critério de segurança da empresa por serem dados dos seus clientes. Que cliente é esse que sai para matar um pai de família?”, questiona.

Ele conta ainda que somente na Sexta-feira Santa oito carros que trabalhavam pelo aplicativo foram assaltados, deixando os trabalhadores novamente sem suporte. O ponto final do cortejo foi feito em frente a sede da administração local da Uber, mas não houve nenhum posicionamento por parte da empresa.

A Uber lamenta que cidadãos sejam vítimas da violência urbana que permeia nossa sociedade. E informa que a vítima não possui cadastro pela empresa – não havendo, portanto, qualquer relação do crime com o aplicativo.

A assessoria de comunicação da SSP informou que as investigações do caso estão adiantadas e que os representantes do movimento estão em reunião com a Delegada Geral, Katarina Feitosa.

por Juliana Melo e Raquel Almeida

A matéria foi alterada às 12h09 do dia 10/05 para acréscimo de informações da SSP/SE

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