MP pede a não diplomação de vereadora eleita de Socorro

O Ministério Público de Sergipe, através do promotor de Justiça Luis Fausto Dias de Valois Santos, pediu a Justiça Eleitoral a não diplomação da vereadora eleita Sandra Mônica Teixeira (PSL), marcada para o próximo dia 16, no Tribunal Regional Eleitoral. No último dia 7 de dezembro, o representante do MP ajuizou na 34ª Zona Eleitoral, pedido de Investigação Judicial Eleitoral, por entender, baseado nos documentos fornecidos pela Polícia Federal, que existem fortes indícios de abuso do poder econômico, punível com a inelegibilidade dos que praticaram e de seus beneficiários.

 

Segundo o promotor de Justiça, Luis Fausto Dias, não pairam dúvidas de que a vereadora eleita abusou do poder econômico, desequilibrando o processo eleitoral, por isso, não pode ser beneficiada com a diplomação. “As condutas de dar, oferecer, prometer dádiva a eleitores em troca do voto e transferir títulos para a Comarca de Nossa Senhora do Socorro, causaram prejuízo ao pleito e comprometeram a legitimidade da eleição”, disse o representante do Ministério Público estadual num dos trechos da ação. De acordo com o promotor de Justiça, o abuso do poder econômico foi tão escancarado que outros candidatos, mesmo de ouvir dizer, sempre mencionaram Sandra Mônica como exemplo do abuso citado.

 

Além de uma farta documentação, o promotor de Justiça recebeu da Polícia Federal gravações de conversas telefônica, todas autorizadas pela Justiça, que comprometem a vereadora eleita, o marido dela e outras pessoas. Dentre os documentos encontrados pela PF, o representante do MP cita 21 listas contendo relação de eleitores que fizeram transferência de títulos eleitorais para Socorro; comprovantes de votação; 99 xerocópias de títulos eleitorais; folhas de papel contendo relação de pessoas, zonas de votação; além de várias cópias de  xerox de diversos eleitores, nos quais continham inscrições que indicavam materiais destinados aos eleitores, sendo forte indícios da compra de votos para a candidata Sandra Mônica.

 

“Existem cópias de títulos, sendo que ao lado, aparece pedidos, como, saco de cimento, meia caçamba de arenoso, sacos de cimento, canos de esgoto, blocos, pagamento de água e energia, óculos, passagem para São Paulo, telhas, sempre com o OK, dando a entender que os pedidos foram aceitos”, explicou o promotor de Justiça, que solicitou ainda da Justiça, novas diligências para investigar as irregularidades praticadas pela vereadora eleita.

Mais informações da área no site ELEIÇÕES 2004 e no canal INFONET MUNICÍPIOS

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