O Ministério Público de Sergipe decidiu rejeitar a abertura de uma ação penal contra o pastor Luiz Antônio, integrante da Igreja do Evangelho Quadrangular em Aracaju. A informação foi confirmada nesta sexta-feira, 19, pelo advogado de defesa. O líder religioso foi indiciado pela Polícia de Civil de Sergipe após acusações de assédio sexual por parte de mulheres que frequentavam a igreja na capital sergipana.
O advogado Aurélio Belém, que faz a defesa do pastor Luiz Antônio, confirmou que o caso está encerrado e que ele não responde a qualquer ação penal. “A promotora de Justiça responsável avaliou, criteriosamente, cada um dos depoimentos prestados pelas supostas vítimas e concluiu que não havia justa causa para propositura de ação penal, por constatar que tais declarações eram contraditórias, isoladas, frágeis, por serem despidas da credibilidade mínima e por confrontarem com o conjunto probatório constante dos autos, sendo, portanto, insuficientes, para instauração de um processo criminal”.
O advogado acrescentou que o posicionamento da promotora de Justiça foi sustentado integralmente pelo Procurador-Geral de Justiça, que analisou detidamente os autos confirmou que não havia justa causa para a ação penal. Aurélio Belém revelou ainda que analisará as manifestações contra o pastor durante as investigações e definirá quais medidas serão adotadas.
“Agora, a defesa analisará as manifestações caluniosas, excessivas e ofensivas que foram desferidas contra a pessoa do pastor, no curso das investigações, a fim de definir quais as medidas, cíveis e criminais, cabíveis serão adotadas no sentido da responsabilização dos ofensores”, finaliza o advogado.
Inquérito
A Polícia Civil, divulgou que no inquérito do pastor Luiz Antônio, foram sete noticiantes, duas delas ouvidas em outros estados. O líder religioso foi indiciado por prática de violação sexual mediante fraude, cuja pena é de dois a seis anos de reclusão.
Também houve denúncias contra o filho dele, o pastor Lucas Abreu, que foi indiciado por assédio sexual, violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável. Este inquérito também foi encaminhado para o Ministério Público, que ainda está avaliando o caso.
Por Verlane Estácio
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