Em reunião no auditório da Superintendência do Ibama em Sergipe, na tarde desta quinta-feira, 10, as entidades que integram o Comitê Unificado debateram o passo a passo a seguir para diminuir os impactos ambientais causados pelo aparecimento do óleo nas praias nordestinas. A reunião, no entanto, não agradou representantes do Ministério Público Federal em Sergipe (MPF-SE), integrante do Comitê, que embora reconheça os esforços dos órgãos ambientais, questionou os métodos usados até agora para a limpeza e monitoramento das regiões afetadas pelo óleo.
Segundo o MPF, já se passou muito tempo entre o início do surgimento deste óleo para que as ações feitas se resumam, a grosso modo, na colocação de barreiras de contenção em determinadas localidades afetadas. “A principal divergência que se levantou se refere à essas barreiras de proteção. Elas talvez não tenham um resultado imaginado. A nossa grande indagação é: o que foi estudado até o presente momento em termos de proteção dessas áreas? É agora que vão começar a estudar?”, questiona o procurador da república, Rodrigo Rockenbach.
Para o procurador da república, é preciso que haja uma estudo mais detalhado que traga resultados positivos e diretos. Rockenbach afirma que caso não se chegue a um consenso, o MPF ajuizará uma Ação Civil Pública (ACP). “Iremos estudar com cautela e se amanhã não chegarmos a um novo entendimento sobre essa questão, iremos recorrer à justiça”, detalha.
O Coordenador de Emergência Ambiental do Ibama, Marcelo Amorim, afirmou que as barreiras serão usadas para conter o avanço do óleo nas praias. “As barreiras de proteção servem para reter o óleo em casos de vazamentos no mar e proteger os mangues”, diz. Ainda segundo ele, tudo que foi solicitado ao órgão ambiental está sendo prontamente atendido. “No Comitê ninguém pediu R$1 a mais para comprar equipamentos. Tudo que foi pedido foi feito”, destaca.
Por João Paulo Schneider e Verlane Estácio
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