Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira, 21, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) detalhou as investigações sobre a mulher que foi presa em flagrante por ocultação de cadáver e maus-tratos contra uma criança no bairro Suíssa, em Aracaju. De acordo com a SSP, a suspeita confessou o crime de ocultação de cadáver e disse que o homem estava armazenado na geladeira desde 2016 – há sete anos.
“A mulher confessou que havia guardado o corpo daquele senhor dentro da geladeira. Ela fala que não matou a vítima e que teria saído para trabalhar e encontrado o homem morto. Por medo, ela guardou o corpo na geladeira. Ela disse que o fato teria ocorrido em 2016”, destacou a delegada Roberta Fortes.
Fortes explicou ainda que a identidade da vítima será apurada pela Polícia Científica. “Nós tivemos informações de quem poderia ser a vítima. A presa confessou que seria a pessoa, mas ainda vão ser feitos exames periciais para comprovar se é a real identidade”, acrescentou.
De acordo com a delegada Roberta Fortes, que fez o auto de prisão em flagrante, o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) foi acionado com a informação de que um corpo foi encontrado dentro de uma geladeira e que uma mulher teria cortado os pulsos no momento em que o oficial de justiça entrou na residência. “Fomos ao bairro Suíssa e encontramos o corpo já estava em estado avançado de decomposição”, explicou.
Ainda segundo a delegada, ao chegar ao local, a mulher já tinha sido encaminhada ao hospital. Uma criança vivia sob suspeita de situação de maus-tratos no local onde estava o corpo. “Então, foi lavrado o flagrante pela ocultação de cadáver e pelos maus-tratos a criança”, detalhou Roberta.
Relatos da autoridade policial diz que havia o odor do apartamento em decorrência do lixo. “Tinha o mau cheiro do apartamento por ter muito lixo. Mas, os vizinhos disseram que o mau cheiro do corpo não era sentido. Já a criança foi entregue ao Conselho Tutelar que a encaminhou para um familiar”.
A investigação seguirá pelo DHPP, conforme ressaltou o delegado Tarcísio Tenório, que comandará o inquérito policial a partir de agora. “O inquérito foi instaurado. O procedimento foi comunicado ao Poder Judiciário, e a presa será apresentada em audiência de custódia. As diligências complementares estão sendo adotadas”, comentou.
Para a continuidade do inquérito policial, perícias serão realizadas pelo Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) e o Instituto Médico Legal (IML). “O objetivo agora é identificar a vítima. Vamos iniciar a identificação e oitiva de testemunhas para que a gente possa esclarecer todas as circunstâncias do fato, inclusive apurando a causa da morte”, pontuou Tarcísio Tenório.
As investigações contam com as perícias dos institutos de Criminalística (IC), de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) e Médico Legal (IML), vinculados à Polícia Científica.
por João Paulo Schneider
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