N. Sra. do Socorro está entre os 20 municípios mais violentos do país

    Levantamento apontou cidades com mais de 100 mil habitantes que tiveram evolução no número de homicídios (Foto: Agência Sergipe de Notícias)

Nossa Senhora do Socorro está na lista dos 20 municípios com mais de 100 mil habitantes mais violentos do país. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com base nos estudos oriundos do Atlas da Violência.

O estudo destrincha os dados das 310 cidades médias e grandes do país. Para medir o nível de violência, o Ipea se debruçou sobre a taxa de homicídio por 100 mil habitantes nos municípios brasileiros no ano de 2017.

O município de Socorro registrou em 2017, 172 homicídios, apresentando uma taxa estimada de homicídios de 96,3. O mesmo estudo aponta que as cidades do Norte e Nordeste são maioria nessa lista, a exemplo de São Gonçalo do Amarante (RN), Porto Seguro (BA), Lauro de Freitas (BA), Camaçari (BA), Caucaia (CE), Cabo de Santo Agostinho (PE), Fortaleza (CE), Mossoró (RN), entre outras.

Em Sergipe, além de Socorro, Aracaju e Lagarto possuem mais de 100 mil habitantes. Estas cidades registraram em 2017, 366 e 44 homicídios, respectivamente, mas não entraram na lista dos 20 municípios mais violentos.

Outros municípios de SE

O levantamento apontou também que em Sergipe, as regiões Agreste, Leste e Sertão possuem relevância nas taxas estimadas de homicídio. O município de Ribeirópolis, no Sertão, possuía taxa de 171,2, a maior do estado. Em seguida vinha a cidade de Barra dos Coqueiros, no Leste, com 154,3; Santa Rosa de Lima, com 127,0; e Itabaiana, no Agreste, com 102,9. A capital Aracaju tinha taxa de 57,4, índice superior à taxa de média do estado. Na cidade de Itabaiana, conhecida por ser a capital nacional do caminhão, segundo autoridades, o tráfico de drogas é o grande vetor desse grande número de mortes.

Ainda de segundo o estudo, as facções presentes no estado são o PCC, que em 2018 contava com cerca de trezentas pessoas, e o Bonde do Maluco, advindo de Salvador. A Força Nacional atuou na região por dois anos e três meses, encerrando em março de 2019 suas atividades, justificando que sua missão de diminuir o número de crimes violentos letais intencionais já tinha sido atingida.

SSP

A SSP explicou que o Ipea traz uma avaliação positiva de Sergipe, apontando que o trabalho integrado entre as polícias têm contribuído para a redução da criminalidade. De acordo com a SSP, o Ipea aponta que Socorro diminuo consideravelmente a sua taxa de homicídios nos últimos três anos, registrando uma queda de 74,58 (em 2016) para 50,14 (em 2018).

A SSP destacou um trecho do estudo que diz que o estado, que vinha tendo forte crescimento da taxa de homicídio nos anteriores, obteve em 2017 uma redução de 11,3%. “Uma explicação possível poderia ser relacionada ao retorno à média da taxa de crescimento da última década. De fato, enquanto nos nove anos anteriores a média anual de crescimento era de 10,8% ao ano, entre 2014 e 2016, o crescimento médio anual foi de 14,4%”, detalhou a SSP, usando trecho do estudo.

A SSP citou ainda outro trecho que diz que devido ao patamar de mortes atipicamente alto em 2016, observou-se uma redução das mortes no último ano. “Uma explicação alternativa passa pelo amadurecimento da reorganização do trabalho policial levada a cabo desde 2015, quando se passou a promover maior articulação das agências policiais (SSP, PM, especializadas, DHPP, etc.) e uso de indicadores estatísticos e análise criminal para a construção de diagnósticos locais sobre a dinâmica da violência”, completou usando outro trecho do estudo.

 

Com informações do Ipea e da Agência Brasil 

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