Navio:empresário crê que fagulha causou incêndio

Incêndio no navio: laudo prejudicado (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O Corpo de Bombeiros não conseguiu identificar a causa do incêndio à embarcação, que pertencia à empresa H. Dantas, que continua atracada na Barra dos Coqueiros. O incêndio ocorreu em setembro do ano passado, durante o processo de desmontagem da sucata. De acordo com informações do major Carlos Alves, que responde pela assessoria de comunicação da corporação, o laudo ficou prejudicado em decorrência da limpeza que foi feita na área antes da equipe técnica do Corpo de Bombeiros realizar a vistoria.

O laudo do Corpo de Bombeiros foi encaminhado ao Ministério Público Federal que acompanha o desmonte da embarcação, cuja sucata foi adquirida pelo empresário Sebastião Garcez. O empresário justifica a atitude de determinar a limpeza do local. Ele garante que a limpeza foi feita como medida de segurança, para evitar que novos focos de incêndio surgissem e as chamas novamente se propagassem. “Com certeza, se deixasse o material no local a tendência natural seria novos focos e o fogo se propagar”, explicou.

O empresário acredita que o incêndio tenha sido provocado por “alguma fagulha de oxicortante”, liberada durante o processo de desmonte do navio, que é realizado mediante aplicação de forte calor para separação de metais. “Com certeza alguma fagulha de oxicortante bateu na madeira e não foi percebido”, diz o empresário.

Em decorrência do incêndio, a Administração Estadual Meio Ambiente (Adema) determinou a interrupção dos serviços e fez uma série de exigência para garantir a segurança naquela área e evitar danos ao meio ambiente. O empresário garante que já cumpriu cerca de 90% das recomendações da Adema e acredita que o processo de desmontagem seja reiniciado nos próximo dez dias. “Acredito que até o dia 15 retornaremos 100% do trabalho”, diz, prevendo prazo de cerca de sete meses para concluir o desmonte.

Cerca de 90% da sucata será efetivamente destinada à siderurgia, conforme informa o próprio empresário que adquiriu o bem. “A concepção do projeto [do navio] é muito antigo, não tem muito o que reaproveitar”, justifica.

Fiscalização

A operação de desmonte será acompanhada por órgãos ambientais, pelo Ministério Público Federal e também pela Capital dos Portos. “Assim que seja concedido o licenciamento, a CPSE [Capitania dos Portos] acompanhará os trabalhos, a fim de garantir a segurança da navegação, a salvaguarda da vida humana no mar e rios e a prevenção da poluição hídrica causada por embarcações, bem como o Ordenamento do Tráfego Aquaviário no local de desmonte”, informou a Capitania por meio de nota enviada à redação do Portal Infonet.

Na nota, a Capitania dos Portos informou que o casco não é mais classificado como navio ou embarcação porque a inscrição junto ao Tribunal Marítimo foi cancelada em agosto de 2015 por solicitação dos antigos proprietários. Até aquela data, conforme a nota, não foram detectados “quaisquer episódios de poluição hídrica causada pelo casco”.

O Portal Infonet tentou ouvir a Adema, mas não obteve êxito. O Portal permanece à disposição. Informações podem ser envidas por e-mail jornalismo@infonet.com.br ou por telefone (79) 2106 – 8000.

Por Cássia Santana

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Clique no link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acessos a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/0029Va6S7EtDJ6H43FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais