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Quartel da Polícia Militar de Sergipe (Foto: Arquivo Portal Infonet) |
Os novos soldados da Polícia Militar de Sergipe estão na bronca com a corporação por conta da falta de estrutura e até de segurança. Eles reclamam de problemas na escala de serviços e com os Equipamentos de Proteção Individual (EPI). A informação da Comunicação Social da PMSE é de que os novos soldados se apresentaram na última segunda-feira, 12, com isso estão ainda na fase de transição e que as denúncias são infundadas.
Temendo represálias por estarem denunciando, os recrutas da Polícia Militar de Sergipe pediram para não ser identificados na matéria.
“Somos sangue novo querendo trabalhar e dar mais segurança para a sociedade, mas não estamos encontrando apoio e está havendo um total descaso com os soldados recém-formados na Polícia Militar de Sergipe. Tivemos um bom curso de formação, com toda a teoria e prática das doutrinas policiais e com os estágios supervisionados. Saimos do curso empolgados, mas não estamos conseguindo desenvolver as atividades a contento”, ressalta um dos novos soldados.
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Tenente- coronel Paulo Paiva: "A escala da PM é a mesma e eles já sabiam" |
De acordo com ele, os problemas começam com a escala de serviço. “Está havendo uma segregação entre os novos e os antigos policiais. Nós temos que cumprir uma escala de 12 x 36 [dia sim, dia não], enquanto os demais cumprem 12 x 24/12 x 27, gerando horas de trabalho a mais e ferindo o principio da isonomia funcional. Outro problema é com quem está lotado no interior. Esses não estão contando com transporte nem alimentação e estão dependendo da caridade das prefeituras, pois os valores referentes à alimentação ainda não foram depositados”, lamenta.
Os novatos reclamam ainda da falta de equipamentos. “Não há colete balístico dentro do prazo de validade para todos e muitos trabalham com revólver calibre 38 possuindo apenas 6 munições, o que nos traz imensa insegurança e receio de que não entremos em nenhum conflito uma vez que estamos tão despreparados no que diz respeito a equipamento. Precisamos estar saudáveis físico e mentalmente para zelar pela segurança da sociedade, o que não estamos conseguindo”, conclui.
PMSE
Na assessoria de Comunicação da Polícia Militar de Sergipe a informação é de que as reclamações são ‘descabíveis’, porque os novos soldados após a formatura no último dia 6 de janeiro, receberam uma folga e se apresentaram na segunda-feira, dia 12.
“As informações são descabidas porque eles estão na escala normal da PM, quando trabalham às 12h do dia, eles folgam 24h. Quando trabalham às 12h da noite, ele folga 72h. No caso dos policiais que trabalham em povoados mais isolados, essa escala é adequada. Eles trabalham 24h interruptas e folgam 72h, só que essa escala é excepcional em locais onde não há condição de fazer a escala normal. Os novos policiais estão trabalhando 36h semanais. Em resumo, eles estão trabalhando na mesma escala dos policiais antigos”, explica o tenente-coronel Paulo Paiva, assessor de comunicação da PMSE.
Quanto a alimentação, ele informou que a polícia trabalha com cartão de alimentação. “Eles estão agora sendo direcionados pelos comandantes de unidades nos locais onde efetivamente trabalharão e com essas escalas a polícia está creditando no cartão de alimentação o valor que eles fazem jus. Quanto às armas, enquanto eram alunos, estavam armados com revólver calibre 38 e agora passam a usar pistola ponto 40”, esclarece.
Por Aldaci de Souza
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