Ocupantes do 17 de Março realizam passeata no Centro

Ocupantes do 17 de Março: passeata no centro (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

As famílias que ocuparam irregularmente os imóveis do bairro 17 de Março realizam uma passeata no centro da cidade e fazem ato em frente ao Tribunal de Justiça contra decisão liminar em favor da desocupação dos apartamentos e das casas do bairro novo. Os ocupantes têm prazo para deixar os imóveis e, nesta quinta-feira, 21, haverá uma força tarefa que envolve cerca de 800 servidores de vários órgãos da administração estadual e da Prefeitura de Aracaju para retirá-los.

Os ocupantes estão conscientes da decisão judicial. No bairro, há informações que algumas pessoas já começaram a deixar os imóveis espontaneamente. Mas a maioria permanece reagindo contra a decisão judicial. “A gente não vai sair. Vamos lutar até o fim”, garante Elainiara Santos Rocha, integrante do Movimento Sem Casa, que lidera a ocupação naquele bairro. O Movimento Sem Casa fez uma cota entre os ocupantes e alugou um ônibus que saiu do 17 de Março na manhã desta quinta-feira, 20, percorreram alguns logradouros da zona sul de Aracaju e seguiram para o centro da cidade, onde permanecem concentrados na praça Fausto Cardoso.

Manifestantes chegam ao centro em ônibus alugado

Com palavras de ordem, a exemplo de “o povo unido jamais será vencido”, ou com frases de efeito do porte “O movimento que eu faço é pelo 17 de Março”, os manifestantes seguiram em direção ao Palácio da Justiça na tentativa de sensibilizar o Judiciário para tornar sem efeito a medida liminar pela reintegração de posse em favor dos proprietários dos imóveis, que foram sorteados pela prefeitura de Aracaju na gestão de Edvaldo Nogueira (PC do B).

De acordo com Elainiara Rocha, a prefeitura prometeu retirá-los para colocá-los em um galpão. “Mas não queremos ir pra galpão, queremos casas”, diz. A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Família e da Assistência Social (Semfas) informou que a prefeitura de Aracaju não tem pretensão de alojá-los em galpão.

Segundo a assessoria, a Semfas alugou um depósito para armazenar os bens móveis daquelas famílias que serão retiradas dos imóveis nesta quinta-feira, 21. As pessoas, por sua vez, terão que retornar para o local onde elas viviam antes de invadir as casas e os apartamentos daquele bairro. Mas as famílias insistem em afirmar que não têm para onde ir.

Cadastro

Movimento Sem Casa faz cota, aluga ônibus e percorre alguns bairros da zona sul

A Semfas informa que a prefeitura não dispõe de projetos de habitação para destinar imóveis ao Movimento Sem Casa. A orientação, segundo informações da assessoria de imprensa do órgão, é que as famílias procurem o Centro de Referência da Assistência Social do bairro para realizar inscrição no Cadastro Único da prefeitura.

Mas a coordenadora do Movimento Sem Casa, Cristiane Aparecida de Jesus, garante que os servidores do Centro de Referência informam que não há condições de cadastrá-los. Por outro lado, a assessoria de imprensa da Semfas esclarece que realmente não há projetos de habitação, mas garante que as famílias poderão, no futuro ser inseridas em algum projeto que surgir.

No entanto, segundo a assessoria, para que sejam contempladas em projetos futuros, as famílias devem estar cadastradas no Cadastro Único. “As famílias não devem procurar o CRAS dizendo que querem casas. Elas devem informar no CRAS que querem se inscrever no Cadastro Único”, informa a assessoria.

Por Cássia Santana

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