Ocupantes do Coqueiral reivindicam término de obras

Casas foram entregues sem infraestrutura segundo os ocupantes (Fotos: Portal Infonet)

Após terem invadido as residências populares situadas na rua Francisco Carlos no bairro Coqueiral, os moradores se deram conta do quanto ainda há de ser feito na localidade. Apesar de terem ocupado as casas, os ocupantes denunciam que as residências foram entregues sem estrutura adequada de moradia. Até mesmo energia e água encanada são artigos de luxo segundo afirmam as famílias.

Ao todo, foram construídas 322 casas com investimentos públicos na ordem de mais de R$ 5,4 milhões, que serviriam para atender a comunidade de baixa renda retirada de áreas de risco e que estaria cadastrada na PMA.

Por ficar muito tempo fechado, muitos imóveis já não possuem mais pia, vaso sanitário, nem fiação que segundo os moradores é fruto da ação de vândalos. Segundo eles, os próprios donos dos imóveis não pretendem morar nas residências, pois no local não existe qualquer infraestrutura nem pavimentação.

Pavimentação está sem ser concluída

Mãe de cinco filhos, a dona de casa Maria Luciana dos Santos declara que ao invés de pagar aluguel, os moradores cadastrados na prefeitura, optaram por ocupar as residências doadas pela gestão passada. “Os proprietários não querem as casas e eu vou brigar para ficar com uma das casas. Aqui não tem pia, nem vaso sanitário e a situação só não está pior, porque eu estou tomando conta. Os proprietários já tem três meses que receberam as casas, mas até agora ninguém veio morar. De vez em quando eles aparecem, mas dizem que não querem morar aqui”, explica.

Também ocupando um dos imóveis, o morador Francis Ramos Resende, afirma que por estar abandonada, a única alternativa foi ocupar uma das casas do Coqueiral. “A situação da gente é só essa, a gente só quer moradia e um lar para colocar nossos filhos. Nem eu nem minha esposa trabalhamos, nós vivemos do Bolsa Família”, informa.

Segundo Alberto Antônio de Oliveira, muitos proprietários que receberam os imóveis não necessitam das casas. “Teve um que disse que não vai morar, mas vai gradear e vender depois. Tem pessoas que tem casas e que não precisam das casas”, conta.

Assistência Social

Ocupantes na luta por moradias

Em  nota, a assessoria de comunicação da Secretaria de Assistencia Social e Cidadania a Prefeitura Municipal de Aracaju esclarece que: “Não podemos tomar aquilo que foi entregue pela gestão passada. Mas, estamos fazendo um levantamento de toda essa situação e em seguida veremos quais as providências legais a serem tomadas. Ressaltamos que temos interesse de resolver esses problemas”, revela a secretária, na nota.

Ela orienta que as pessoas cadastradas que se sentirem prejudicadas a procurar a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) para formular a denúncia. E, quanto à reclamação de proprietários de imóveis a respeito dos prejuízos que sofreram durante a construção do residencial, a secretária informa, na nota, que a responsabilidade seria do construtor e não da prefeitura”.

Cehop

A equipe do Portal Infonet entrou em contato com o diretor Técnico da Cehop, Caetano Quaranta Filho que esclareceu que por parte da CEHOP coube apenas realizar a fiscalização das construções habitacionais e que a parte de pavimentação é de responsabilidade da Emurb.

Emurb

Pela assessoria de comunicação da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) a informação passada foi que: "A Rua Francisco Carlos, que dá acesso às casas que foram entregues, não está pavimentada. Ficou faltando também concluir as ligações de água, esgoto e drenagem a cargo da DESO e a terraplenagem e pavimentação a cargo da EMURB. Sem os serviços da EMURB a Deso não poderia concluir os dela. A rede de energia só poderá ser feita quando pelo menos a EMURB conseguir dar trafego nas referidas vias. Como houve a rescisão contratual da Emurb com a empresa executora da obra, nesse local a obra não foi concluída. Mas a Emurb está avaliando essa situação e vai tomar as providências necessárias para solucionar o problema", diz a nota.

Confira abaixo o depoimento com a reivindicação dos ocupantes.

Por Aisla Vasconcelos

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