A Vigilância Sanitária do Estado está fazendo monitoramento da região ribeirinha de Sergipe e pede cautela aos consumidores quando optarem pelo consumo de pescados e crustáceos. Para o coordenador, Ávio Britto, a comunidade deve evitar consumir peixes ou crustáceos que apresentarem manchas suspeitas, com a possibilidade de ter ocorrido o contato do animal com as substâncias oleosas que estão espalhadas pela Região Nordeste.
Segundo Ávio Britto, os técnicos viajarão para o interior do Estado para realizar um trabalho preventivo de conscientização para que as comunidades, especialmente pescadores, evitem o contato e a manipulação da substância oleosa que encontrar na faixa litorânea. Em paralelo, os técnicos farão monitoramento da região para identificar se existe animais marinhos afetados pela substância oleosa. Ávio Britto informou que os técnicos, além de fazer captação da água para análise, também buscarão informações junto à comunidade ribeirinha sobre a incidência de peixes mortos na região.
Ainda não há dados reais sobre eventuais mortes, segundo Ávio Britto. Mas há relatos de que algumas pessoas já encontraram animais mortos na faixa litorânea. Porém, não dá para precisar se a causa da morte está relacionada à substância oleosa, conforme observa o coordenador da Vigilância Sanitária. “Além dessa contaminação, é necessário saber a dosagem, o quantitativo: se estão aparecendo peixes mortos ou se eles estão manchados”, diz.
Cautela
Pela falta de elementos que revelem o grau de contaminação, o coordenador da Vigilância Sanitária acha prudente que a comunidade tenha cuidado e possa observar se os peixes ou crustáceos apresentam alguma anomalia na aparência física. “Vamos captar esse material para analisar e informar a população. E dizer que tenham todo cuidado possível no consumo desse pescado ou crustáceos. Se tiver com alguma mancha ruim no corpo, não consuma”, alerta o coordenador.
Apesar da balneabilidade das praias estar satisfatória, conforme observa Britto, há uma preocupação, especialmente com gestantes e crianças, com eventuais contatos com a área contaminada. “São metais pesados e essa condição pode não trazer benefício para a saúde da população”, adverte.
Os componentes do gabinete de crise criado pelo Governo do Estado para definir as ações para monitorar e combater a substância oleosa está realizando reuniões diariamente.
por Cassia Santana
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