Ônibus param e usuários protestam
A paralisação dos ônibus em Aracaju está confirmada para continuar até as 13h. Os ônibus estão encostados e os usuários revoltados com a situação nos principais terminais da cidade. O protesto começou às 8h, quando os primeiros ônibus começaram a parar no corredor de tráfego da Ivo do Prado. Corredor de Tráfego da Ivo do Prado
A manifestação da classe dos rodoviários é uma resposta às últimas atitudes do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Aracaju (Sintra). Os rodoviários paralisados são contrários ao sindicato e à proposta de reajuste salarial apresentada pelo órgão aos empresários. De acordo com um dos articuladores da paralisação, Adriano Pereira, o sindicato não está tendo transparência nas ações.
“Nós iniciamos esse movimento porque no dia 16 de fevereiro a categoria compareceu para uma assembléia geral no sindicato, na qual o João Batista (presidente do Sintra), ao invés de ouvir a proposta dos rodoviários para reajuste, mandou a proposta antes e chamou a categoria só para assinar”, disse Adriano. Adriano Pereira (camisa rosa), representante dos rodoviários
A partir daí foi montada uma organização paralela ao sindicato reivindicando o reajuste salarial de 12%, ao invés do proposto pelos empresários, que é de 1,5%. “Eu quero informar que não é greve. A nossa intenção não era parar 100%, mas se parou é sinal de que a categoria está insatisfeita”, completou Adriano. Além do reajuste, os rodoviários reivindicam melhores condições de trabalho e segurança.
Usuários pararam no meio do caminho
Os usuários do transporte público se aglomeravam nos principais terminais e na Ivo do Prado para pedir o dinheiro da passagem de volta. “Ninguém estava sabendo que iria haver isso. Os motoristas e cobradores agiram de má fé. Deixaram as pessoas pegarem os ônibus e no meio do caminho jogaram todo mundo, como marginais”, declarou Rosa, professora que se atrasou paro trabalho. “Eu hoje fui roubada”, disse.
A resposta que a imprensa recebia da população quando questionava que atitude iria ser tomada era simples: “Você tem um carro pra levar a gente para o trabalho?”. “Aonde estão os deputados e vereadores agora? A gente não acha errado que os rodoviários parem. Só queremos que avisem quando for
acontecer. Eu não apóio essa paralisação”, disse o aposentado Antônio Correia, que iria fazer um exame médico essa manhã. Terminal da Maracaju
A companhia de policiamento Choque estava presente em todos os locais onde havia a paralisação em Aracaju. “Para vir conter a manifestação eles chegam rápido, mas quando nós somos assaltados eles não estão presentes”, falou um funcionário rodoviário que não quis se identificar. “Assim que começamos a protestar a polícia chegou. Para quê?” questionava a garçonete Valdenice Martins que estava no terminal da Maracaju.
A SMTT também estava presente nas manifestações para orientar o trânsito. “Os ônibus estão parados fora das vias de circulação. O que está causando transtorno é o aglomerado de pessoas, mas estamos orientando o tráfego” disse o agente de trânsito César. A SMTT tentou estabelecer o diálogo com os manifestantes para adiantar o protesto, mas sem sucesso. Terminal do DIA
Os rodoviários afirmam que, se não forem ouvidos, podem voltar a paralisar os veículos, e até mesmo começar uma greve. “Pedimos desculpas a população, mas tenho certeza que os usuários são prejudicados todos os dias, tanto quanto os trabalhadores, com os ônibus que quebram e as frotas velhas”, alertou Adriano.
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