Ônibus voltam às ruas e paralisação é considerada ilegal por sindicato

Os ônibus estão de volta às ruas de Aracaju. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato das Empresas do Transporte Público (Setransp), José Amâncio, ao informar que a paralisação dos rodoviários feita na manhã de hoje, 23, foi ilegal, pois o sindicato da categoria dos rodoviários é quem possui poder legítimo para deflagrar um ato como este.

José Amâncio
“A categoria tem um sindicato, conhecido como Sintra (Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Aracaju) e se existe discordância entre os motoristas e a direção do sindicato deve ser resolvida entre eles. Mas, para nós, o Sintra é o órgão legítimo da classe e é quem tem autoridade para discutir e fechar o acordo coletivo e deflagrar greve”, explica Amâncio.

Na opinião dele a manifestação aconteceu também por falta de policiamento no local. “O ato foi iniciado por pessoas que nem são dissidentes do sindicato, estas se dizem “iluminadas” e por isso convenceram os rodoviários a parar. Mas, também acredito que faltou policiamento naquele momento, pois se duas a três pessoas ficam na frente do ônibus o motorista não vai colocar por cima”, diz ele, informando que na próxima segunda-feira, 26, às 15h, haverá uma reunião com o comandante da capital para avaliar o ocorrido e decidir sobre novas providências.

Samarone
Concordando com o presidente do Setransp de que o ato desta manhã foi ilegal, o diretor da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), Antônio Samarone, informou que o acordo coletivo já havia sido assinado e protocolado no Ministério do Trabalho. “Que eu saiba paralisações e greves acontecem antes dele ser fechado. Se eles estão insatisfeitos deveriam entrar na Justiça para questionar”.

Samarone também informou que soube que na manifestação de hoje uma das pessoas que estava à frente foi um representante da força sindical do Rio de Janeiro muito experiente que conseguiu agitar a categoria. “Acredito que os rodoviários estão insatisfeitos, e desinformados sobre o acordo coletivo resolveram realizar a paralisação”, explicou o superintendente, ao acrescentar que a SMTT irá cobrar providências das empresas. “Eles têm que fazer alguma coisa. Não pode é deixar uma cidade refém de um grupo”.

Paralisação deixou muita gente revoltada e a pé durante a manhã
MP

No final da manhã, o Ministério Público, através das promotoras de Justiça Euza Missano e Cláudia Calmon, convocou uma reunião de emergência para resolver o problema de falta de ônibus para a população. Com a informação de que os ônibus estariam fazendo paralisação e que poderiam deflagrar uma greve, a promotoria solicitou que 30% da frota voltasse às ruas para que os trabalhadores conseguissem retornar para casa.

As promotoras desejam que os usuários que pagaram a passagem e não chegaram ao seu destino sejam ressarcidos e sugeriram que durante um dia no mesmo período que houve a manifestação os ônibus fossem gratuitos para a população.

O presidente do Setransp informou que nunca soube que transportes ficassem gratuitos para ressarcimento de passagem. “Além das empresas terem perdido dinheiro ainda terão que ressarcir. Iremos discutir tudo em outra audiência no MP na próxima segunda-feira, às 9h”, diz.

Por Raquel Almeida

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