Pacientes e voluntárias da Associação Nacional Dos Fibromiálgicos e Doenças Correlacionadas da região Nordeste (Anfibro) apresentaram um Projeto de Lei na Câmara Municipal de Aracaju na manhã desta terça-feira, 7, em busca de benefícios para pessoas que sofrem com a doença crônica. Elas afirmam que não existe nenhum tipo de cuidado com a fibromialgia em Sergipe, que é uma doença séria e que causa dores generalizadas.
A síndrome de caráter neurológico atinge pessoas com faixa etária entre 30 e 60 anos, na maioria dos casos mulheres. Segundo a voluntária Edjane Oliveira, gatilhos como estresse e ansiedade aumentam significativamente os sintomas e uma equipe multidisciplinar é algo essencial para o tratamento. “É uma dor que não passa se eu tomar um anti-inflamatório. Hoje nós somos atendidos por reumatologistas e fazemos o acompanhamento, mas precisamos de atendimento psicológico, ortopédico e até mesmo de um educador físico”, ressalta Edjane, diagnosticada há seis anos.
Segundo a voluntária Charlene Almeida, também diagnosticada com fibromialgia, atualmente não há sequer um quantitativo com dados de pessoas que possuem a doença em Sergipe. Ela conta que ao buscar dados nas secretarias municipais de saúde do estado, nenhuma delas apresentou nenhum tipo de levantamento. “A vigilância não se propõe a fazer um levantamento dessas pessoas que tem dor crônica. Existe uma vigilância de doenças não transmissíveis, mas nem as doenças reumáticas entram no plano de doenças”, conta.
Além de tratamento especializado, o Projeto de Lei pede atendimento preferencial para os pacientes e o reconhecimento do dia 12 de maio como Dia Mundial da Fibromialgia, ressaltando a importância da conscientização. O Projeto já foi protocolado na Câmara Municipal e a votação será agendada.
Por Juliana Melo
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