Petrobras: greve dos terceirizados continua

Continua por tempo indeterminado a greve dos trabalhadores terceirizados da Petrobras no estado. A categoria reivindica representatividade sindical através do Sindicato dos Petroleiros de Sergipe (Sindipetro/SE) o que viabilizaria uma garantia de direitos mais ampla. Já a assessoria da Petrobras esclarece que neste caso contrata o serviço e não os profissionais, portanto não vai interferir na situação.

De acordo com a direção do sindicato, a Justiça já concedeu aos terceirizados o direito de aderir ao Sindipetro, mas a Transul, companhia que presta serviços à Petrobras e que emprega estes trabalhadores, estaria dificultando o movimento. O impasse culminou na paralisação iniciada em 15 de julho.

Substituição dos trabalhadores

Stoessel Chagas, o Toeta, presidente do sindicato, diz que a cúpula da Transul já foi procurada diversas vezes para que um canal de negociação fosse aberto, mas até agora ela não teria se disponibilizado a conversar. “A preocupação deles agora é substituir de forma urgente a mão-de-obra paralisada”, acredita Toeta.

A limpeza de vasos de pressão, de tubulações de alta pressão em temperatura e de compressores de alta pressão são algumas das atividades que estão prejudicadas pela greve, segundo os sindicalistas. Mas colocar qualquer pessoa para executar o serviço é, no mínimo, irresponsável de acordo com a explicação de Toeta.

“É uma indústria de risco, portanto é imprescindível um curso de aperfeiçoamento na área. Para se ter uma idéia, alguém que queria apenas visitar estes locais precisa corresponder a alguns critérios e ter um aprendizado mínimo da segurança necessária. E a Petrobras é irresponsável por aceitar essa imposição da empresa”, conta.

Petrobras rebate informações

Porém a assessoria da Petrobras desmente a informação e diz que os serviços prestados por estes servidores são de limpeza, carpintaria, jardinagem e outros que não oferecem nenhum tipo de alta periculosidade aos trabalhadores.

Quanto ao preenchimento emergencial das ocupações dos grevistas, a Petrobras informa que a Transul é paga para prestar serviços, e entende que em tal situação a empresa precisa viabilizar uma solução que não paralise as atividades pelas quais é paga. 

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